quinta-feira, 26 de novembro de 2015

LAY OFF: Quais os direitos do trabalhador?

26/11/2015



LAY OFF ou SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DO CONTRATO DE TRABALHO

Prazo para começar o lay off: a empresa deve assinar um acordo coletivo com o sindicato. Após a assinatura do acordo a empresa deve comunicar o sindicato com no mínimo 15 DIAS DE ANTECEDÊNCIA.
Ou seja, para começar dia 1 de dezembro O CONTRATO TERIA QUE ESTAR ASSINADO DESDE O DIA 16 DE NOVEMBRO. Os pelegos que estão na direção do sindicato já tinham fechado o acordo e essa semana ficaram fazendo teatrinho na porta da fábrica e aquela assembléia de faz de conta!
O contrato de trabalho não poderá ser suspenso mais de uma vez no período de dezesseis meses.

Pagamento: O pagamento dos trabalhadores será feito com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador, ou seja, recursos dos próprios trabalhadores). O trabalhador receberá através de uma bolsa de qualificação profissional. Essa bolsa será descontada do seguro desemprego, casa o trabalhador seja demitido durante ou após o lay off, e o trabalhador terá direito a pegar apenas 1 parcela do seguro-desemprego, que é o mínimo determinado por lei.

Plano de saúde e outros serviços: A lei diz que: "Durante o período de suspensão contratual para participação em curso ou programa de qualificação ou profissional, o empregado fará jus aos benefícios voluntariamente concedidos pelo empregador."
Porém fiquem atentos pois em casos de afastamento/INSS a empresa costuma descontar o plano de saúde e consultas quando o trabalhador volta a receber pela empresa, e os pelegos que estão na direção do sindicato não tocaram neste assunto.

PPR: É um direto de todos os trabalhadores da GM/Sistemistas que está no Acordo Coletivo, o recebimento do PPR. Na negociação do PPR de 2015, os pelegos disseram que se houvesse grande diminuição na produção os trabalhadores não deveriam pagar o pato, mas nunca mais os pelegos tocaram nesse assunto também, vão se fazer de morto porque sabem que a produção vai fechar bem abaixo do esperado.

Multa: Se for demitido durante o lay off ou até 3 meses depois do lay off a empresa deve pagar multa com valor determinado por um acordo coletivo feito entre o sindicato e a empresa, portanto depende de negociação feita com sindicato, por exemplo, a multa pode ser de 6 meses de salários, ou mais, já que o trabalhador não terá o seguro-desemprego que normalmente teria direito.
Mas o valor mínimo da multa segundo a lei é de 100% da último salário recebido antes do lay off.

Assembléia: O acordo já estava acertado antes da assembléia, pois avisaram para os trabalhadores do 3º turno que haveria lay off desde segunda-feira (23/11). Além disso, a assembléia poderia ter sido adiada para garantir a participação do 1º turno que nem sequer foi comunicado que a assembléia seria na saída do 2º turno de ontem.
Os pelegos divulgaram no jornal do Sindicato que a assembléia seria dia 26/11 às 15h.
Mas é claro que os pelegos não iam adiar mais 1 dia a assembléia, pois tinham que cumprir os prazos que eles já tinham acertado com a GM antes mesmo de qualquer assembléia.

Qualquer dúvida entrem em contato com a Oposição Metalúrgica, já que os pelegos não se prestaram nem pra divulgar por escrito o mínimo que a lei garante em caso de lay off.

CONHEÇA OS SEUS DIREITOS!
NÃO SÃO NENHUM FAVOR DADO PELA GM/SISTEMISTAS!
NÃO SÃO NENHUMA CONQUISTA DOS PELEGOS QUE ESTÃO NA DIREÇÃO ATUAL DO SINDICATO!

OPOSIÇÃO METALÚRGICA.
POR UM SINDICATO QUE SEJA DOS TRABALHADORES E NÃO DEFENDA OS INTERESSES DOS PATRÕES!


Há um resumo sobre a legislação do lay off em http://www.viarapida.sp.gov.br/Midias/LayOff/Legisla%C3%A7%C3%A3o_Lay_Off.pdf

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Inflação da cesta básica dos últimos 12 meses foi de 14,09%

Segundo o IEPE (Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas) o custo da cesta básica nos últimos 12 meses aumentou 14,09%, e a inflação na região metropolitana de Porto Alegre nos últimos 12 meses foi de: 12,43%. Segundo o INPC (índice oficial usado pelo governo calculado pelo IBGE) a inflação para o mesmo período foi de 10,4%.

A inflação é calculada a partir de uma longa lista de produtos, mas se pegarmos alguns produtos, por exemplo, carne, energia elétrica, gasolina, habitação e frutas, veremos que a inflação destes produtos ficou bem acima da média.

Isso significa que a correção da inflação nos nossos salários depende de quais produtos nossa família mais consome. E portanto pode ficar bem acima dos 12,43%.

Ou seja, se o reajuste salarial for de 12,43% poderemos não continuar comprando as mesmas coisas no mercado na hora de fazer o rancho.
Ou continuaremos comprando, às custas de se endividar no cartão de crédito e cheque especial (o que também deveria ser incluído no reajuste salarial, já que é feito só 1 vez por ano).

Na realidade mesmo se não tivermos nenhum aumento real,  para não termos nenhuma perda salarial nossos reajustes teriam que ser mensais, a cada contra-cheque.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

TDK: o salário diminui e o trabalho aumenta

Nov/2015

A TDK não está em crise, ao contrario do que diz a empresa e o sindicato, mas nem por isso deixou de demitir muitos trabalhadores nesse último período. Para quê? Só para recontratar gente pagando menos e aumentar o ritmo de trabalho para aqueles que continuam na fábrica, para isso, muitos supervisores vem praticando assedio moral contra os trabalhadores. Tem virado comum, cobranças absurdas para atingir as metas. 


                   
Tirem a mão das minhas férias! Depois de trabalhar um ano inteiro recebendo uma mínima parte de tudo o que a gente produziu, ainda querem obrigar a gente a tirar somente vinte dias de férias? Pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), artigo 130 e 142, após 12 meses de trabalho, os trabalhadores tem direito a 30 dias de férias! Temos o direito de vender 10 dias das férias SE QUISERMOS, essa decisão não pode ser constrangida ou obrigada pela empresa.

domingo, 1 de novembro de 2015

Demissões, aumento do ritmo de trabalho, das doenças ocupacionais e assédio moral

Nov/2015
GM E SISTEMISTAS FAZEM MAIS UMA MANOBRA PARA DEMITIR E EXPLORAR AO MÁXIMO SEUS FUNCIONÁRIOS.

As empresas queriam continuar demitindo e day-offs ilimitados. Para conseguir isso contaram com o apoio do sindicato.
Quebra-peão, numa assembléia em maio, trouxe a proposta da GM como se fosse uma proposta da atual direção do sindicato.
A proposta era liberar day-off ilimitado e em troca não ter demissões, certo? ERRADO! A proposta da empresa e dos pelegos era liberar day-off ilimitado e não terminar com 3º turno. O que "esqueceram" de dizer é que iriam permitir a demissão de mais de 1000 colegas sem falar nada, ou seja, o equivalente à 1 turno.
As empresas fariam essas demissões a conta-gotas: 2 ou 3 trabalhadores por dia, em cada turno, para não aparecer que está fazendo demissão em massa. E os pelegos do sindicato iriam sumir da porta da fábrica por um tempo.

Ótimo acordo para a GM/Sistemistas e seus lacaios que estão no sindicato!
Péssimo acordo para nós trabalhadores!

Dessa forma a empresa conseguiu acabar com a quantidade de trabalhadores de um turno, mas manteve os colegas produzindo por 3 turnos!
               

AUMENTO DAS DOENÇAS E ASSÉDIO MORAL

Para fazer 3 mil trabalhadores trabalhar por 4 mil a empresa cortou os postos de trabalho e os líderes estão fazendo um forte assédio moral. Fora a ameaça constante de demissão (o jacaré ta sempre rodeando).
Quem não foi demitido nos próximos meses terá sérios problemas de saúde por estar trabalhando por 2 ou por 3 colegas: hérnia de disco, tendinite, burcite, desgaste nas articulações, stress...
Se contar os riscos de acidentes na linha, dentro da fábrica. Em outubro houve duas ocorrências que foram reconhecidas até pela própria GM como acidente de trabalho.
E pra ajudar aumentou o preço da consulta do nossos plano de saúde, que além de ser caro não tem um atendimento de qualidade.

Poema: Não Existe Almoço Grátis

Não existe almoço grátis
Os trabalhadores 
pagam com dores 
por tudo que comem
Não existe almoço grátis
A janta do patrão 
tem o gosto
do suor do pião
E qualquer reclamação
jorra sangue nas favelas
Não existe almoço grátis moço
Devemos cobrar pelo esgoto,
Pelo nosso esgotamento,
Pela eletricidade 
E por toda a cidade 
que nós construímos
Até mesmo pelos meninos
que fornecemos
Não existe almoço grátis mesmo
Quem disse isso?!
Vamos cobrar 
pelo cafezinho
que servimos aos ricos
Pelos bicos
Pelas máquinas 
que nos esfolam vivos
Não existe almoço grátis
É verdade
Por isso, 
Devemos cobrar hospedagem 
Nas casas que construímos
Devemos cobrar 
por tudo 
que produzimos
e não pelo que precisamos.
Não existe 
almoço grátis burguesia
Nós vamos cobrar
por cada prato
qualquer dia


(O Valor – Wil Melo)

Jackwal: MAIS PRODUÇÃO X menos salário, menos condição de trabalho, menos comida...

A empresa recebeu visita do Ministério Público do Trabalho e a cena ridícula foi a seguinte:
fiscais entrando por uma porta e máquinas sem condições saindo pela outra ou sendo desligadas.
Mas no dia seguinte produção volta ao normal esfolando os trabalhadores em condições precárias de trabalho.
Sabemos bem, no chão da fábrica, que a Jackwall já faturou em 2015, mais de 5 vezes tudo que faturou no ano de 2014. Mesmo assim os patrões seguiram a onda mentirosa de outras empresas dizendo que tem a conta de uma crise pra nós pagarmos! Produzimos mais esse ano e tentam nos enfiar um aumento salarial de 6% com um propart (PPR), cheio de descontos. Quer dizer que se juntar os dois não vai cobrir nem a inflação. Estamos “por conta” então, por nossa conta, denunciamos a direção pelega do sindicato que sequer deu as caras no dissídio!
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