Trabalhadores e ex-funcionários do Grupo SüdMetal protestaram, na manhã dessa quarta-feira (24/03), em frente ao Fórum Cível de Gravataí (RS). Eles exigem que a Justiça dê andamento ao processo de falência da empresa e libere as execuções judiciais trabalhistas, para que o maquinário possa ser vendido e, assim, garantir que recebam o dinheiro a que têm direito.
A concentração do protesto foi a partir das 10h30min. Perto do meio-dia, os trabalhadores e os advogados entraram no Fórum e entregaram no gabinete da juíza responsável pelo processo, pela TERCEIRA VEZ, um requerimento em que pedem o decreto imediato da falência da empresa. No documento, também solicitam a suspensão do leilão dos maquinários, que está marcado para ocorrer no dia 31 de Março, pois não há garantia de que o dinheiro será usado para pagar a dívida com os funcionários. Outros dois requerimentos, com o mesmo teor, já tinham sido entregues à juíza anteriormente, mas ela não despachou (não deu encaminhamento).
Os trabalhadores também foram até o prédio do Ministério Público Estadual, que fica próximo ao Fórum, para pedir uma audiência. Eles querem que o Ministério Público faça uma auditoria judicial nas 6 plantas das 4 empresas que compõem o Grupo SüdMetal (Hahn Ferrabraz, Fundição Becker, SüdMetal e SM Metalúrgica). O objetivo, com essa auditoria, é fazer um levantamento do patrimônio da metalúrgica e o consequente bloqueio dos bens, para usá-los no pagamento dos valores devidos aos trabalhadores. Eles têm informações de que o proprietário andou vendendo o maquinário de algumas empresas por conta própria - e certamente, o dinheiro não será usado para pagar o que deve aos trabalhadores.
Em 2014, o Grupo SüdMetal entrou em recuperação judicial e demitiu quase todos os 1.260 funcionários de suas 4 empresas (Hahn Ferrabraz, Fundição Becker, SüdMetal e SM Metalúrgica) sem pagar as rescisões. Já se passaram 2 anos e a grande maioria dos trabalhadores ainda segue sem receber nada do que a SüdMetal lhes deve.
E o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí nessa história toda? Nunca apareceu. Os trabalhadores da Fundição Becker contam que certa vez, quando já existia o boato das demissões e da "quebra" do Grupo SüdMetal, os pelegos foram lá na frente da empresa e protestaram fechando os portões. Não demorou muito, os pelegos foram chamados pela diretoria da Fundição para conversar dentro da fábrica e voltaram dizendo para os trabalhadores que não precisavam mais protestar, pois eles iriam receber o dinheiro.
Passados 2 anos, os peões não viram até agora a cor do dinheiro. E estão tendo que brigar na Justiça, por eles próprios, para tentar receber o que eles têm de direito.
Em Campinas e em Hortolândia (estado de São Paulo), os trabalhadores da metalúriga MABE estão passando por uma situação bastante semelhante aos da SüdMetal. No entanto, lá está sendo diferente. Com o apoio e a forte atuação do sindicato, que é da INTERSINDICAL, os peões montaram acampamento na frente da empresa nas duas cidades para exigir o pagamento e não deixar que as máquinas fossem tiradas. No mês de Fevereiro, os trabalhadores OCUPARAM as duas fábricas.
A concentração do protesto foi a partir das 10h30min. Perto do meio-dia, os trabalhadores e os advogados entraram no Fórum e entregaram no gabinete da juíza responsável pelo processo, pela TERCEIRA VEZ, um requerimento em que pedem o decreto imediato da falência da empresa. No documento, também solicitam a suspensão do leilão dos maquinários, que está marcado para ocorrer no dia 31 de Março, pois não há garantia de que o dinheiro será usado para pagar a dívida com os funcionários. Outros dois requerimentos, com o mesmo teor, já tinham sido entregues à juíza anteriormente, mas ela não despachou (não deu encaminhamento).
Os trabalhadores também foram até o prédio do Ministério Público Estadual, que fica próximo ao Fórum, para pedir uma audiência. Eles querem que o Ministério Público faça uma auditoria judicial nas 6 plantas das 4 empresas que compõem o Grupo SüdMetal (Hahn Ferrabraz, Fundição Becker, SüdMetal e SM Metalúrgica). O objetivo, com essa auditoria, é fazer um levantamento do patrimônio da metalúrgica e o consequente bloqueio dos bens, para usá-los no pagamento dos valores devidos aos trabalhadores. Eles têm informações de que o proprietário andou vendendo o maquinário de algumas empresas por conta própria - e certamente, o dinheiro não será usado para pagar o que deve aos trabalhadores.
HISTÓRIA DA FALÊNCIA DA SUDMETAL
Em 2014, o Grupo SüdMetal entrou em recuperação judicial e demitiu quase todos os 1.260 funcionários de suas 4 empresas (Hahn Ferrabraz, Fundição Becker, SüdMetal e SM Metalúrgica) sem pagar as rescisões. Já se passaram 2 anos e a grande maioria dos trabalhadores ainda segue sem receber nada do que a SüdMetal lhes deve.
E O SINDICATO?
E o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí nessa história toda? Nunca apareceu. Os trabalhadores da Fundição Becker contam que certa vez, quando já existia o boato das demissões e da "quebra" do Grupo SüdMetal, os pelegos foram lá na frente da empresa e protestaram fechando os portões. Não demorou muito, os pelegos foram chamados pela diretoria da Fundição para conversar dentro da fábrica e voltaram dizendo para os trabalhadores que não precisavam mais protestar, pois eles iriam receber o dinheiro.
Passados 2 anos, os peões não viram até agora a cor do dinheiro. E estão tendo que brigar na Justiça, por eles próprios, para tentar receber o que eles têm de direito.
Em Campinas e em Hortolândia (estado de São Paulo), os trabalhadores da metalúriga MABE estão passando por uma situação bastante semelhante aos da SüdMetal. No entanto, lá está sendo diferente. Com o apoio e a forte atuação do sindicato, que é da INTERSINDICAL, os peões montaram acampamento na frente da empresa nas duas cidades para exigir o pagamento e não deixar que as máquinas fossem tiradas. No mês de Fevereiro, os trabalhadores OCUPARAM as duas fábricas.