segunda-feira, 30 de maio de 2016

Ações que o Capital não tem o que temer, só a comemorar: Michel Temer/PMDB aprofunda as ações dos outros governos contra a classe trabalhadora

A hora é de fortalecer a luta em cada local de trabalho, moradia e estudo contra o ataque do governo aos nossos direitos.

O presidente interino Michel Temer, do PMDB, oficializou seu pacote contra a classe trabalhadora: diminuição das verbas públicas para saúde, educação, pois é isso que significa a proposta do governo de enviar ao Congresso Nacional proposta de emenda constitucional para limitar os gastos públicos.

Para tentar esconder o que de fato pretendem com a Reforma da Previdência, o governo diz que tenta construir um “grande consenso” junto a discussão com as centrais sindicais, as mesmas centrais sindicais que já pactuaram com os patrões e governos o ataque ao salários e direitos dos trabalhadores.

Força Sindical, UGT, Nova Central entre outras já discutiam com Temer antes do afastamento de Dilma e a CUT que diz não reconhecer o governo Temer, já se movimenta para discutir a reforma através do Fórum das centrais sindicais, onde estão reunidas as mesmas centrais que já estão sentadas com o governo interino

O governo vai proteger o Capital, não punindo os grandes sonegadores que deram calote em mais de R$88 bilhões na Previdência, ou seja, valor maior do que rombo , o que escancara que não são as aposentadorias, os direitos básicos garantidos aos trabalhadores na Previdência, os responsáveis pelo rombo, mas sim o calote das grandes empresas.

A proposta desse governo é a mesma de governos anteriores, atacar direitos dos trabalhadores: aumentar a idade para aposentadoria de todos os trabalhadores, igualar a idade entre homens e mulheres, ignorando que às trabalhadoras além dos salários menores, o serviço doméstico continua sendo uma imposição. Além disso, a proposta é desvincular o reajuste das aposentadorias ao reajuste do salário mínimo, ou seja o que já é pouco, o governo pretende diminuir ainda mais.

Também vão ampliar e aprofundar as privatizações, tentando a todo custo transformar o público em mercadoria lucrativa para o Capital. Exemplos disso nas falas de seus ministros, como fez Mendonça Filho, ministro da educação, propondo a cobrança de mensalidade nas universidades públicas.

O Ministério do governo interino de Temer escancara o movimento da burguesia de retirar um governo que lhe serviu bem durante mais de uma década, mas que agora já não lhe é mais útil: o governo do Partido que deixou de ser dos Trabalhadores, tanto nos mandatos de Lula, como no mandato de Dilma garantiu ao Capital, as políticas anticíclicas para que o mesmo se recuperasse de suas crises: diminuição e isenção de impostos, farta ajuda do BNDES, politicas através dos PAC’s que garantiram fartos lucros para o ramo da construção civil, nas grandes obras da Petrobrás, nas hidrelétricas, no “Minha casa, minha vida” ou “No minha casa melhor”, onde as grandes multinacionais da linha Branca, como a Mabe, que depois de muito lucrar com a venda de eletrodomésticos financiados pelo governo, inventou uma falência para tentar dar calote nos direitos dos trabalhadores.

O governo do PT foi além: submeteu organizações que ainda hoje possuem a representação formal de grande parcela dos trabalhadores, o que significou a contenção e a fragmentação das lutas e facilitou dessa forma que as centrais sindicais pelegas seguissem com seus pactos com os patrões o que para a classe trabalhadora significou a diminuição de salários e direitos.

Agora o governo de Temer tenta colocar em prática as propostas já apresentadas pelo PT e pelas Centrais sindicais, só que de outra forma. O tal Acordo Coletivo Especial (ACE) defendido pelas centrais junto ao governo do PT tinha por objetivo fazer com que o negociado prevalecesse sobre o legislado, ou seja, acordos de redução de direitos entre patrões e sindicatos com direções pelegas seriam permitidos por essa proposta, com a garantia absurda de impedir que os trabalhadores entrassem com ações judiciais contra a retirada de direitos.

A proposta que o governo interino do PMDB tenta impor com o apoio de todas as Federações das Indústrias, ou seja, aqueles que demitiram em massa, que estão arrochando os salários dos trabalhadores é impor uma reforma trabalhista que libere que o negociado se sobreponha ao legislado, ou seja, só muda a forma e o ritmo que agora se acelera de tentar enfiar goela abaixo dos trabalhadores, a redução de direitos.

O pato que enfeitou a Avenida Paulista nas passeatas apoiadas pela burguesia, agora mostra a que veio: fazer com que mais uma vez quem pague sua conta seja quem não a provocou, ou seja,os trabalhadores.

Esse governo que tenta se mostrar como o novo, é mais do mesmo, pois nada mais é do que a junção dos partidos representantes da burguesia e também cravado em corrupção, que tenta acelerar a retirada de direitos e piorar ainda mais as condições de vida e trabalho do conjunto de nossa classe.

Para além das fronteiras do País, o movimento da classe trabalhadora aumenta: Na França e na Bélgica greves e passeatas se espalham. Aumentam as lutas contra os pacotes de austeridade dos governos que também tentam uma reforma trabalhista com o objetivo de aumentar a jornada, reduzir salários e direitos e piorar das condições de vida e trabalho.

Lá e aqui o caminho é um só: ampliar e enraizar a luta em cada local de trabalho, moradia e estudo contra os ataques dos patrões e seus governos, a hora é de avançar contra os ataques a direitos que foram duramente garantidos através de muita luta de nossa classe.
E isso se faz não defendendo o governo anterior, ou acreditando que novas eleições num sistema eleitoral organizado para manter tudo como está vai resolver os problemas dos trabalhadores. A luta se faz nos locais onde a exploração, a opressão e piora das condições de vida e trabalho são vividas, é hora de ampliar as greves, as ocupações de fábricas e escolas e não por decreto, mas enraizando a luta pela base, construir a necessária greve geral.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Acordos da GM com pelegos no sindicato: Aumenta a produção por trabahador e diminui o PPR.

24/05/2016

Obs: 1: É um número aproximado de trabalhadores, já que não temos acesso ao número exato. 2: Carros produzidos por trabalhador é a divisão da meta de produção pela quantidade de trabalhadores. A conta de 2015 foi feito com o número de carros produzidos (242 mil). 3: Para este ano a direção do sindicato anda dizendo que vai negociar uma meta de 235.000 carros.


O que podemos ver na tabela é que mesmo com uma diminuição na produção nos últimos 2 anos houve um aumento, enorme, da margem de lucro da GM, às custas de demissão em massa e aumento do ritmo de trabalho.
Ou seja, na GM estamos TRABALHANDO MAIS e RECEBENDO MENOS! E a empresa lucrando muito, muito mais por cada trabalhador.

O QUE PODEMOS CONCLUIR A PARTIR DESTAS INFORMAÇÕES
1. Podemos ver pela tabela que, ao contrário do que os pelegos que estão no sindicato falam, não é só em São Paulo que tem demissão em massa, aqui em Gravataí também tem.
2. A cada ano que passa os pelegos que estão na direção do sindicato reivindicam PPR menor e fecham acordo com um valor menor ainda, mesmo que a gente esteja produzindo mais. Este ano foi o auge da pelegagem, estão começando a negociação a partir do valor pago no calote do ano passado, em que a GM pagou R$ 10.700 de abono + PPR.
3. Os pelegos fazem negociações que beneficiam os patrões, visando o aumento dos lucros. Nunca reivindicaram PPR sem metas, e nem questionam o aumento da margem de lucro e as demissões em massa.
4. Se em 2013 cada trabalhador produzia aproximadamente 83 carros por ano, sem receber nem sequer o valor de 1 carro por ano. Em 2015 cada trabalhador produziu 101 carros. Porém o que não aparece na tabela é que houve 3 férias coletivas e 1 lay off no fim do ano. Ou seja esses carros foram produzidos em um tempo muito menor do que 1 ano de trabalho.
5. Para este ano, pelas demissões em massa que já aconteceram, e de acordo com a pauta de reivindicações da direção do sindicato, teria um aumento de quase 50% de produção por trabalhador. Isso sem contar que o que tem acontecido é, na hora de fechar o acordo, aumenta a meta de produção e diminui o valor do PPR. Ou seja, pode ser maior ainda a quantidade de carros produzidos por cada trabalhador.


O objetivo dos patrões é explorar ao máximo, fazer a gente trabalhar cada vez mais para receber cada vez menos.
O papel do sindicato deve ser lutar pelos interesses dos trabalhadores e não do patrão. Ser transparente, não esconder que há demissão em massa já há 2 anos, não aceitar passivamente tudo que a empresa faz, mostrar que ao contrário do que o patrão diz, os lucros estão aumentando.
Quebra-Peão, Edson e outros diretores tem que parar de repetir o discurso dos gerentes e líderes da GM de que em nome da crise temos que trabalhar mais, receber menos e aceitar as demissões sem fazer nada. Pra que puxar o saco do patrão!?

Vocês já perceberam que toda vez que vai ter assembléia pra fechar acordo não temos opção de rejeitar a proposta por uma outra proposta melhor? Os pelegos sempre falam que ou aceitamos a proposta da empresa ou temos que aceitar menos ainda. Geralmente votam a proposta da empresa, contra a proposta anterior feita também pela empresa. E geralmente os líderes nos "orientam" a votar a favor do que o sindicato vai propor na assembléia. Ou fazem a votação dizendo que temos que aceitar ou então é demissão, e como não negociam nenhum tipo de estabilidade, depois vem demissão do mesmo jeito, está aí o 3º turno pra provar!


Por isso que o sindicato deve voltar para as mãos dos trabalhadores para lutar por mais direitos e melhores condições de trabalho!

quinta-feira, 19 de maio de 2016

quarta-feira, 18 de maio de 2016

GM: PPR 2016, mais enrolação da empresa e pelegos

18/05/2016



Acompanhem o histórico das negociações da direção atual do sindicato.

Ano
Valor reivindicado
Valor acordado
2013
15.355,00
9.650,00
2014
13.000,00
10.000,00
2015
11.700,00
8.337,30
2016
10.700,00
???

Antigamente vinham com aquele discurso de cobrar da GM o mesmo salário pago em SP, sendo que na planta de Gravataí produzimos mais do que as 2 plantas de SP juntas.
A GM pode pagar muito mais de PPR já que cortou metade dos "custos com folha de pagamento". A empresa e os pelegos no sindicato utilizam a crise como desculpa pra demitir em massa, pra aumentar a progressão salarial pra 10 anos e demitir quem está no teto, pra cortar postos de trabalho e fazer nós trabalharmos por 2 ou 3.
Agora os pelegos nem falam mais em equiparação salarial com as plantas de SP, mesmo sabendo que as diferenças no salário e PPR ainda são gigantescas hoje em dia.
Qual a desculpa deles pra isso? A "Crise"? Lá em SP não tem a crise, é por isso que pagam mais?
Os pelegos que estão na direção do sindicato pensam que nós trabalhadores somos idiotas e não percebemos o que eles fazem???
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