quarta-feira, 8 de março de 2017

Os patrões e os governos atacam a classe trabalhadora, aumentando a exploração e a opressão contra as mulheres trabalhadoras

Os patrões e os governos avançam contra direitos da classe trabalhadora, e no Brasil não é diferente. O governo Temer/PMDB acelera os ataques aos nossos direitos e as mulheres trabalhadoras serão mais atacadas. Se a proposta do governo passar, os direitos garantidos nas leis trabalhistas e nos Acordos Coletivos vão acabar.

Veja alguns exemplos de direitos que irão para o ralo pela proposta dos patrões e dos governos:

- A contratação temporária poderá ser de 1 ANO, o que significa receber menos e não ter nenhum direito garantido: por exemplo, se a trabalhadora engravidar e estiver em contrato temporário, não terá direito à estabilidade de gestante. Se uma trabalhadora/o sofrer acidente e for afastada/o, quando retornar poderá ser demitida/o. Não terá direito a 13º, férias, NADA.

- A idade de homens e mulheres para aposentadoria será igualada: nós mulheres NÃO TEMOS as mesmas condições de conseguir um emprego e permanecer no emprego que os homens. Nós ficamos muito mais tempo procurando emprego, por haver menos vagas para mulheres, e muitas de nós se obrigam a fazer bicos ou trabalhar sem carteira assinada (trabalhar como diaristas, babás etc.). Além disso, também somos obrigadas a nos afastarmos do emprego para cuidar dos filhos pequenos ou dos idosos e doentes, pois para a sociedade machista isto é tarefa das mulheres. Além da dupla jornada por causa do trabalho doméstico. Por isso existe a diferença de idade para mulheres, para nós não é um privilégio, mas um reconhecimento de que as condições para trabalhar são muito piores.


A Oposição está junto com a Intersindical na defesa dos direitos das mulheres

O PAPEL DO SINDICATO É DEFENDER OS TRABALHADORES E NÃO OS PATRÕES. Em outros lugares onde o sindicato pertence a Intersindical conseguimos muitos avanços pros trabalhadores, melhores salários, eliminação do trabalho aos sábados, estabilidade de emprego para lesionados por doenças do trabalho, além de muitas conquistas para nós mulheres.
Em Campinas, Santos e região no Estado de São Paulo, as trabalhadoras metalúrgicas tem direito a 180 dias (6 meses) de Licença Maternidade, podendo solicitar mais 16 dias de licença remunerada após esse período, e quando retornam ao trabalho tem garantido mais 10 meses de estabilidade, além de 2 horas por dia pra amamentação durante 6 meses.
Aqui em Gravataí a realidade é bem diferente, a atual diretoria do sindicato, que pertence à Força Sindical, já demonstrou que só tem compromisso com as empresas, e é por isso que os acordos coletivos de Gravataí não garantem nada mais do que o que já está na CLT, além disso, a Força Sindical está apoiando as propostas de retirada de direitos feitas pelo governo Temer.

Queremos mudar essa realidade

Nós mulheres trabalhadoras não somos inferiores, trabalhamos com dignidade e por isso merecemos respeito. Exigimos melhores condições de trabalho e melhores salários para todos os trabalhadores, tanto homens quanto mulheres, queremos acabar com o machismo e seus privilégios! E para que isso aconteça temos que lutar juntos contra a retirada dos nossos direitos e por novas conquistas.
Venha construir a Oposição Metalúrgica! Juntos teremos mais força para lutar!

Não nos bastam presentes e elogios no dia 8 de março, queremos respeito e salário digno o ano todo!



Nós trabalhadores enfrentamos cotidianamente muitos problemas em nossos locais de trabalho. Mas existem mais dificuldades para as mulheres trabalhadoras, os salários são menores para as mesmas funções, as cobranças e a pressão são maiores e ainda tem o assédio sexual.
Para os patrões exploração e discriminação de nós mulheres são uma combinação perfeita para aumentar os lucros, pois o problema não é apenas o tratamento desigual para homens e mulheres, mas reconhecer que as condições de trabalho são muito desiguais, pois nós além de trabalharmos tanto quanto ou mais que os homens, ainda temos outra jornada de trabalho quando chegamos em casa: o trabalho doméstico.
Mas como isso pode ser bom para os patrões aumentarem a exploração? Como as mulheres fazem o trabalho doméstico (limpar, lavar, passar, cozinhar, cuidar da família) de graça, isso permite aos patrões pagar um salário menor tanto para os homens como para as mulheres, já que eles não precisarão pagar alguém para fazer este trabalho doméstico. Além disso, é comum as tarefas de limpeza da fábrica também sobrarem para as mulheres!

Discriminação e diferença salarial entre homens e mulheres

Quase todas as empresas falam em seus códigos de ética que não podem fazer discriminação de gênero (entre homens e mulheres) e é garantido por lei que as mulheres tenham os mesmos direitos que homens. Mas nós sabemos que a realidade é bem diferente. Existe uma grande diferença de salário entre homens e mulheres, segundo o IBGE, no Brasil as mulheres recebem 30% A MENOS que os homens. A pesquisa também revela que as MULHERES TRABALHAM MAIS HORAS que os homens nos setores que pagam os salários mais baixos. 
Na maioria das empresas de Gravataí não existe plano de carreira para os trabalhadores, e nas poucas empresas que tem quase não contratam mulheres, mesmo as mulheres com maior escolaridade que os homens. Na fábrica somos tratadas como inferiores pelos chefes, na maioria das vezes quando querem falar sobre algum problema na produção, que diz respeito ao nosso posto de trabalho, procuram o homem mais próximo e evitam falar sobre assuntos mais importantes com as mulheres, como se não tivéssemos responsabilidade e condições de compreender.


Sofremos a violência machista em casa, na rua e no trabalho

São inúmeros os casos de assedio sexual e de violência física que sofremos. A grande maioria deles nem são registrados, pois são praticados em casa ou no espaço de trabalho, e todas nós sabemos que denunciar alguém por assedio sexual não é uma coisa fácil, sempre vai ter alguma forma de repressão e constrangimento. A oposição também serve para fazermos essas denuncias e para lutarmos contra todas as formas de violência.
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