Pedir que a governadora Yeda e os políticos não roubem é o mesmo que esperar que a raposa não coma as galinhas.
Não é um problema ético, pois é da natureza do sistema capitalista se apropriar das coisas alheias. E esta apropriação pode se dar às escondidas, chamada de "roubo" ou "corrupção", ou de forma pública e legal, como acontece quando os governos
dão dinheiro para as empresas privadas tocarem seus negócios.
Um exemplo é o recente “empréstimo” de 1 milhão de Reais e a insenção de impostos dados pelo estado para a GM. Retira-se dinheiro da saúde, da educação para dar para uma das maiores empresas do mundo.
A General Motors disse que vai fabricar 380 mil veículos num ano. Se cada carro vale 25 mil Reais, então eles vão faturar 9 bilhões e meio de Reais, ou seja, em um ano os caras ganham 950% sobre seu investimento.
Nenhum centavo disso retorna à população pois não há impostos e o tal empréstimo é a fundo perdido, ou seja, literalmente a empresa paga o que quer e até quando quiser.
Isto não é um verdadeiro assalto legalizado aos cofres públicos?
TRABALHO ROUBADO.
Se apropriar do resultado do trabalho de uma pessoa e lhe pagar uma pequena parte (o suficiente apenas para que volte no dia seguinte), também não é um roubo? Do ponto de vista da legislação, não. Mas se um trabalhador tirar quaisquer bens de seu patrão, isto é considerado roubo e ele corre o risco de ir para a cadeia.
Roube de quem tem muito e será um ladrão; roube de quem tem pouco ou não tem nada e será um patrão!
AS MOSCAS MUDAM, MAS O QUE FEDE CONTINUA A MESMA...
Quando tiraram Collor da presidência assumiu o vice Itamar Franco e nada mudou. Simplesmente tirar Yeda (CRUZ CREDO!) e deixar o vice Paulo Feijó (FILHOTINHO DE CRUZ CREDO!) também não muda absolutamente nada. O patrão vai continuar se apropriando do resultado do nosso trabalho e o Estado, como extensão dos negócios dos patrões, continuará distribuindo gordos benefícios às empresas.
A HISTÓRIA E AS APROPRIAÇÕES.
Filho de pequenos agricultores, o francês anarquista Pierre Proudhon, que viveu entre 1809 e 1865, escreveu um livro cujo título é um resumo de toda esta história. O livro se chama A PROPRIEDADE PRIVADA É UM ROUBO. Isto é uma verdade se não, por que toda a preocupação dos patrões em garantir a segurança de suas propriedades? Não será o medo de que um dia os trabalhadores venham exigir o que lhes foi roubado?

Extraído e editado a partir do informativo da CAMPANHA SALARIAL UNIFICADA 2009 dos Sindicatos dos Plásticos de Novo Hamburgo, Campo Bom, São Leopoldo e Montenegro, Sapateiros de Novo Hamburgo e Bancários do Vale do Caí.
Esta campanha e as entidades recebem o apoio e a solidariedade de classe do SIMCA (Sindicato dos Municipários de Cachoeirinha) e da Oposição Metalúrgica de Gravataí.

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