domingo, 6 de junho de 2010

EM LUTA POR UMA VIDA PLENA E DIGNA.

A cada 15 segundos uma mulher sofre algum tipo de violência.
Violentadas e assassinadas, levadas para outros países como produto de consumo, vitimas das clinicas clandestinas de aborto e exploradas no processo de produção.

O número de mulheres infectadas pela AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis crescem e com os números cresce também a conivência e a hipocrisia daqueles que dizem defender a vida.

A Igreja Católica tem nesse ano como tema da Campanha Fraternidade a “Defesa da Vida”, que tem por objetivo intervir nas políticas publicas e dizer o que deve ou não fazer o Estado. Eutanásia, pesquisa com células tronco, distribuição de preservativos e anticoncepcionais como a garantia de realização do aborto na rede pública, para a Igreja são atentados contra a vida.

Mas se esquecem ou escondem as milhares de mulheres que morrem a cada ano vitimas dos abortos clandestinos e em decorrência da AIDS. Morrem por serem trabalhadoras e não terem acesso a um serviço público digno e a métodos contraceptivos.

Pelas ruas das cidades, nas praças e escadarias das igrejas, crianças vagam sem casa, sem pais, sem comida e morrem sem completar 10 anos de vida.

Defender a vida é defender as mulheres pobres e trabalhadoras para que tenham direito aos métodos contraceptivos e acesso a saúde.

Defender a vida é garantir educação, moradia e saúde para nossas crianças e jovens que a cada dia são vitimas da fome, da violência que conta com o silencio do Estado.


A INTERSINDICAL ESTÁ NA LUTA DAS MULHERES E DO CONJUNTO DA CLASSE TRABALHADORA

- CONTRA AS REFORMAS DO GOVERNO LULA QUE ATACAM OS DIREITOS

- FIM DA IMPOSIÇÃO DO SERVIÇO DOMESTICO: POR CRECHES E LAVANDERIAS COLETIVAS.

- PELO DIREITO DE DECIDIR. FIM DA CRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO E LEGALIZAÇÃO JÁ.

- PELA CONSTRUÇÃO DE CASAS ABRIGO ÀS MULHERES VITIMAS DE VIOLENCIA

- PELA REDUÇÃO DA JORNADA, SEM REDUÇÃO DE SALARIOS E AMPLIAÇÃO DOS DIREITOS

- POR ACESSO A SAÚDE, PREVIDENCIA, EDUCAÇÃO E MORADIA



E nas lutas que não se acabam no 8 de março buscar a superação dessa sociedade capitalista e machista, construir uma nova sociedade onde mulheres e homens possam viver num mundo de iguais.



Coordenação Nacional da Intersindical.

A INTERSINDICAL viva e presente na reorganização da classe trabalhadora.

A Intersindical - Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora - criada em 2006 se consolidou com uma organização nacional presente em importantes sindicatos, oposições e coletivos em todas as regiões do País por não se pautar pelas disputas estéreis em busca de construir instrumentos que distanciados da classe repetem os velhos erros do ciclo que se encerra.

Nos construímos tendo como princípios fundamentais de nossa ação a organização da luta a partir dos locais de enfrentamento da classe contra o Capital e seu Estado, a independência dos trabalhadores em relação aos patrões e governos, a autonomia em relação aos partidos políticos, a formação como ferramenta que potencializa nossa ação, a solidariedade concreta da classe que rompe as cercas das categorias, dos vínculos de formalidade e das nações.

Nesses 4 anos de existência restabelecemos ações de solidariedade concreta entre a classe, como as paralisações nas regiões de Campinas e Baixada Santista/SP em solidariedade aos trabalhadores na Volks que lutavam contra as demissões, bem como as iniciativas de mobilização em solidariedade aos metalúrgicos na GM de SJC/SP que lutavam contra o banco de horas e a redução salarial.

A partir da analise densa da realidade intervimos na conjuntura não pelo caminho que levou boa parte da esquerda a priorizar as ações institucionais em detrimento da luta direta dos trabalhadores. Na crise quando muitos marchavam juntos com a Força Sindical, UGT e demais organizações de conciliação com os patrões, a Intersindical estava nos locais de trabalho parando a produção e a circulação de mercadorias, lutando contra a tentativa do Capital em reduzir direitos, salários e seguir com as demissões.

Estamos nas principais disputas contra os velhos e novos pelegos. Afirmando direções nos Sindicatos comprometidas com luta da classe trabalhadora, organizando e apoiando Oposições sindicais e coletivos que se formam para enfrentar os mediadores dos interesses do Capital e seus governos.

Num trabalho duro enfrentando as limitações que ainda temos, nosso esforço diário é estar com classe e não pela classe, para não estar no próximo passo fazendo contra a classe trabalhadora, como várias organizações que hoje se transformaram em instrumentos que atacam a classe para defender os interesses dos patrões e do governo.

Por estarmos com a classe e não pela classe nesse pouco tempo de existência nos consolidamos como uma Organização que é reconhecida não por retórica, mas por ação pratica e direta no cotidiano da classe trabalhadora.

Certamente é por isso que aqueles que mecanicamente numa ação completamente distanciada da classe, insistem em tentar criar uma confusão na vanguarda dos trabalhadores, usando o nosso nome, mas não conseguem o resultado que esperavam.

A Conlutas e os setores do Psol que romperam com a Intersindical no inicio de 2009 tentam através de seus chamados para o congresso que fundará uma nova central dizer que a Intersindical está nesse processo e agora propõem que o nome dessa central seja Conlutas-Intersindical, com argumento que serão as duas organizações a deixar de existir a partir do congresso de junho de 2010.

Tentam desesperadamente essa confusão, pois segundo seus próprios documentos públicos afirmam honestamente que o congresso que fundará a nova central, não terá a participação real da classe, serão pouquíssimos sindicatos presentes (informes no site da Conlutas dão conta de 40 sindicatos e 20 movimentos populares) o que resultará num congresso que terá a participação de organizações, “representações” da classe.

Reafirmamos que embora tenhamos divergências no debate de reorganização do movimento tanto com a Conlutas, como com aqueles que romperam com a Intersindical e hoje tentam se intitular como “Intersindical- instrumento de luta, unidade da classe e de construção de uma central”, isso não nos impedirá de seguir construindo a unidade na luta concreta da classe trabalhadora.

Mas a unidade não se constrói por vontade política, por intenções em discursos e muito menos com praticas oportunistas, como a que infelizmente os que estão na convocação do congresso da nova central estão fazendo. Não será o uso indevido da nossa logomarca que como outras se consolidou em importantes setores da classe trabalhadora, que trará os trabalhadores para essa nova central.

É a partir da analise da realidade que a Intersindical- Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, não participará de nenhum dos chamados “Conclat’s que se realizam até o final do 1˚semestre de 2010.

Um deles tem como o objetivo reunir CUT, CTB, Força Sindical, UGT e outras centrais sindicais e movimentos populares para construir uma agenda que tem como objetivo “impedir a volta do neoliberalismo ao País”, como se essa forma do capital se manifestar a partir da década de 90 e nada mais é do que forma, pois o conteúdo é o mesmo,tenha sido superada com a vitória do PT em 2002. Ou seja, esse encontro tem como objetivo colocar em campanha eleitoral as entidades que o convocam para tentar emplacar a sucessora de Lula a presidência da Republica.

O outro encontro reúne os setores que se colocam à esquerda e infelizmente hoje muito mais na retórica do que na ação pratica. Chamam a unidade da classe através da construção de uma “nova representação” da classe trabalhadora. Buscam desesperadamente a fundação da nova central até o fim do primeiro semestre, para que o calendário eleitoral não seja prejudicado. Argumentam que para superar a fragmentação hoje colocada é necessária a construção imediata de uma nova central. São esses mesmos setores que no cotidiano das disputas contra os instrumentos que hoje trabalham contra a classe não conseguem ao menos estarem juntos nas mesmas chapas. Exemplos como o Sinsprev-DF são didáticos, onde a divisão daqueles que estão inscritos para fundar uma nova central, possibilitou a vitória da CUT nas eleições desse Sindicato.

A Intersindical não participará do congresso que auto-proclamará a criação de uma nova central, bem como não deixará de existir como tentam de maneira oportunista dizer aqueles que infelizmente não conseguiram se consolidar na base da classe.

A central sindical necessária para classe trabalhadora será fruto da tarefa mais difícil, ou seja, reconstruir a unidade de ação a partir dos locais de trabalho, no enfrentamento direito da classe contra o Capital e seu Estado. Essa unidade não será construída através de decretos para depois buscar a classe.

Para seguir a luta por nenhum direito a menos, para avançar nas conquistas e das ações cotidianas construir como necessidade real da humanidade uma sociedade sem explorados e exploradores, uma sociedade socialista, AQUI ESTÁ A INTERSINDICAL VIVA E PRESENTE NA LUTA DA CLASSE TRABALHADORA.


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Reduzir a jornada de trabalho, manter e ampliar direitos.

Crianças morrendo dentro das fabricas, sendo engolidas por máquinas muito maiores que seus próprios corpos, mulheres parindo no meio da linha de produção, homens morrendo após mais de 20 horas de trabalho.




A luta pela redução da jornada de trabalho atravessou séculos. Homens e mulheres deram sua vida para que classe trabalhadora tivesse o direito ao mínimo descanso depois do processo cruel de produção, cuja força de trabalho é a única mercadoria que no processo de produção quanto mais se desgasta mais gera valor.



Na Europa e nos EUA os trabalhadores e trabalhadoras através das lutas construídas na década de 70/80 garantiram a redução da jornada de trabalho. O Capital na década seguinte fará seu movimento de buscar ampliar e aprofundar a exploração da classe trabalhadora em outras áreas.



A partir da década de 90 com o processo da reestruturação produtiva as grandes multinacionais impõem aos trabalhadores uma série de mudanças no processo de trabalho que garantiram a intensificação e o aumento da produtividade com as novas tecnologias e a flexibilização da jornada de trabalho.



Um dos principais mecanismos da flexibilização da jornada se deu através do Banco de Horas um sistema onde a jornada permanece inalterada, as horas extras não são pagas e fazem parte de um Banco, que serve para atender as demandas da empresa, ou seja, em picos de produção horas trabalhadas além da jornada, em baixa produção as horas trabalhadas a mais durante o pico de produção são transformadas em folgas aos trabalhadores, controladas pela empresa.



O resultado para os trabalhadores foi o aumento da exploração de sua força de trabalho, como também dos acidentes e doenças provocados pelo trabalho, porque a “Qualidade Total” marca do processo da reestruturação, veio acompanhada da piora das condições do trabalho, pois a modernidade tão propagandeada, produziu um exército de doentes no trabalho: lesões por esforços repetitivos, depressão, morte por excesso de trabalho.



A marca do período que vivemos é do prazo de validade cada vez menor de nossa força de trabalho, ou seja, o Capital combinou no país os mecanismos de intensidade e produtividade no processo de trabalho, fazendo com que os trabalhadores e as trabalhadoras adoeçam cada vez mais rápido e sejam jogados como refugo no processo de produção de valor.



Extensão das jornadas, através de horas extras, onde os trabalhadores são levados seja por um endividamento crescente e pela pressão direta das empresas a recorrem cada vez mais as horas extras. A exceção passa a ser regra: horas a mais durante a semana regular e obrigatoriedade do trabalho aos sábados e domingos.



Junto a isso o Estado através da política de reformas auxilia o Capital com várias medidas: não reconhecimento do nexo entre a doença e o trabalho exercido, altas programadas onde o trabalhador retorna ao trabalho sem as mínimas condições e estabilidade, diminuição da concessão de auxilio previdenciário entre outros fazem parte do pacote de uma reforma da previdência que há muito tempo já se realiza através de medidas provisórias ou ordens de serviço internas do governo.



Para baratear ainda mais o valor pago a única mercadoria quem tem a classe trabalhadora; sua força de trabalho, o Capital institui o banco de horas como uma nova ferramenta que adequa a jornada de acordo com sua demanda e coloca os trabalhadores a mercê das necessidades das empresas.



No Brasil parte do movimento sindical adere a proposta de Banco de Horas que veio acompanhada do argumento que seria esse um instrumento capaz de barrar as demissões. Assim sindicatos ligados à Força Sindical e uma parcela importante de sindicatos filiados a CUT fazem acordos com várias empresas aceitando o banco de horas.



Exemplos são muitos que demonstram que o Banco de Horas além de não manter ou ampliar empregos, conseguiu reduzir ainda mais o valor da força de trabalho. Destacamos os acordos dos metalúrgicos na Volks em São Bernardo e Taubaté no estado de SP, onde as demissões seguiram, a redução de salários e piso foram feitas após o banco de horas e recentemente se formalizou em acordo a obrigatoriedade de trabalho em 33 sábados no ano de 2008 na planta de Taubaté.



São essas centrais sindicais que agora constroem uma agenda de pressão institucional para exigir a redução da jornada de trabalho, mas ocultando a realidade dos trabalhadores que estão em sua base social, que amargam as conseqüências da flexibilização da jornada de trabalho.



Parte significativa do movimento sindical resiste a essa proposta de pacto com o Capital e enfrentando não só as empresas, mas também os instrumentos do Estado. Além de não se submeter ao banco de horas, consegue através da mobilização a partir dos locais de trabalho a redução da jornada de trabalho sem redução salarial.



Alguns exemplos são de setores importantes da indústria metalúrgica em cidades como Campinas, Limeira, São José dos Campos no estado São Paulo que já têm jornadas reduzidas que variam entre 40 a 42 horas semanais.



Recentemente os operários na General Motors enfrentaram a proposta da empresa de implementação do Banco de Horas, com redução do piso salarial. A empresa anunciou a contratação de 600 funcionários em contrato por prazo determinado, ou seja, sem nenhum direito e o Estado através da Prefeitura e maioria da Câmara de Vereadores realizou campanha na cidade em defesa da empresa garantindo isenção de impostos. Os trabalhadores resistiram ao ataque orquestrado da multinacional e rejeitaram a redução de salários e direitos. Essa luta tem contado com a participação da Intersindical na construção de uma Campanha Nacional em defesa da ampliação dos direitos e da diminuição da jornada sem redução de salários.



É preciso que a redução da jornada de trabalho sem redução salarial seja uma realidade do conjunto da classe trabalhadora. O Capital que na década anterior ocupou a América Latina para aumentar seus lucros através da exploração da força de trabalho, segue querendo mais: na Europa está na pauta de importantes países como França e Alemanha o aumento da jornada de trabalho.



Por isso a Intersindical dentro da Campanha Nacional “Nenhum Direito a menos, avançar nas conquistas” terá a luta pela redução da jornada de trabalho, sem redução de salários e direitos como parte fundamental das mobilizações que vamos construir no ano de 2008 a partir dos locais de trabalho.



Manter e ampliar direitos! Enfrentar o desemprego e todas as investidas do Capital para aumentar a exploração é a base da ação da Intersindical na luta pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários e direitos.



Coordenação Nacional da Intersindical

A TAREFA É ORGANIZAR A LUTA A PARTIR DOS LOCAIS DE TRABALHO EM DEFESA DO EMPREGO, SALARIO E DIRETOS.

Não são só os governos que operam para atender as demandas do Capital.

Várias centrais sindicais têm se juntado aos patrões e como mediadores do Capital tem levado uma parcela importante dos trabalhadores a mais uma derrota.

A Força Sindical, central sindical criada dentro dos RH’s das empresas, faz campanha aberta junto à FIESP (principal representação patronal no País) pela redução salarial e a flexibilização de direitos.

A CTB (central recém criada pelos militantes do PCdoB que romperam com a estrutura da CUT e não com sua política) , faz um discurso, mas tem outra pratica, já assinaram acordos com redução salarial principalmente na região sul do País.

A CUT que na década de 90 através de sua direção majoritária já tinha feito as experiências de Câmara Setorial, acordos de banco de horas e redução salarial, mais uma vez tenta enganar os trabalhadores.

Tem um discurso noticiado pela imprensa onde se coloca frontalmente contra a redução de salários e direitos, mas ao mesmo tempo importantes sindicatos do Rio Grande do Sul, Minas e São Paulo (região do ABC e Sorocaba) já fizeram acordos com redução salarial, banco de horas e suspensão dos contratos de trabalho.

A Intersindical está empenhada na ampliação de nossa organização a partir dos locais de trabalho, para fortalecer a luta contra os ataques que não serão pequenos. Nossos sindicatos fazem parte daqueles que resistiram nas crises anteriores ao pacto é por isso que temos direitos que já foram entregues pelas outras centrais sindicais.

Construir a resistência e a luta a partir dos locais de trabalho e moradia, estabelecer a unidade de ação com todos os setores do movimento sindical e popular que não se renderam ao pacto com o Capital e a submissão ao governo Lula.

Por isso estamos empenhados nas mobilizações das diversas categorias: metalúrgicos, químicos, vidreiros, sapateiros, professores, funcionários públicos, operários da construção civil, trabalhadores precarizados, na informalidade e desempregados.

 
 
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NENHUM PACTO COM O CAPITAL E SEU ESTADO.

AMPLIAR A LUTA POR NENHUM DIRETO A MENOS E AVAÇAR NAS CONQUISTAS.

O Capital investe contra a classe trabalhadora para sair de mais uma de suas crises cíclicas de super produção. A manifestação da crise já em 2007 tinha em seu aspecto mais visível uma crise financeira, ou como muitos a denominaram uma crise de credito que se manifestou no setor imobiliário nos EUA.


Dessa maneira o Capital e seus agentes midiáticos tentaram esconder o conteúdo da crise, ou seja, as grandes multinacionais ao mesmo tempo em que bateram todos os recordes de produtividade e vendas, viram no segundo semestre de 2008 seus lucros despencarem.

Ao investirem pesado em novas tecnologias, exigência da concorrência entre si e da disputa pelo monopólio mais uma vez foram vitimas de sua própria gênese, ou seja, é nesse exato momento que percebem a queda tendencial de sua taxa de lucro.

Pois por mais modernos que sejam seus equipamentos e máquinas eles sozinhos não transferem valor, a única fonte produtora de riqueza e capaz de produzir valor novo é o trabalho da classe trabalhadora.

E é exatamente por isso que precisam para recuperar mais um ciclo de expansão e concentração de riqueza reduzir ao máximo o valor da nossa força de trabalho, é disso que se trata a investida dos patrões no sentido de flexibilizar a jornada com o banco de horas, tentar impor a redução de direitos e salários e propor a suspensão dos contratos de trabalho.

As grandes empresas no Brasil como a Vale além das demissões já efetivadas propõe a suspensão temporária das leis trabalhistas, a FIESP tenta impor acordos de redução de jornada com redução salarial, já afirmando que não garantira estabilidade no emprego, no máximo o “nível de emprego” nas indústrias. Em outras palavras querem reduzir os salários, demitir e contratar com salários menores.

O governo Lula que num primeiro momento dizia que o Brasil estava blindado contra a crise, no passo seguinte disse que ela não passaria de uma “marolinha” e agora seus próprios dados mostram o tsunami contra os trabalhadores. Só no mês de dezembro as demissões ultrapassam 600 mil.

O Estado age como uma das principais contra-tendencias do Capital.

Nos EUA o Tesouro e o FED, emitiram cerca de US$ 1,5 trilhão para tentar salvar as três grandes montadoras, GM, Ford, Chrysler. Antes disso fizeram um socorro aos banqueiros que resultou na estatização dos megas bancos americanos.

No Brasil, os bancos receberam R$ 160 bilhões do Banco Central, além disso, adquiriram parte do Banco Votorantim que na seqüência adquiriu a Aracruz Celulose.

O BNDES emprestou exatos R$ 78,5 bilhões para as empresas investirem. Cerca de R$5,25 bilhões saíram dos recursos do FAT. Ou seja, patrões e governo usaram dinheiro do próprio trabalhador para pagar as rescisões trabalhistas.

Dados de fevereiro mostram que US$ 1,9trilhão foi o gasto envolvendo EUA, Europa, Ásia e América Latina com a crise, isso é a riqueza produzida no Brasil durante 1 ano e meio e mesmo assim a OIT estima que serão 51 milhões de novos trabalhadores desempregados.

O anuncio da GM em demitir 10 mil trabalhadores e reduzir os salários dos que ficarem faz parte das exigências feitas pelo governo de Barack Obama para conseguir mais dinheiro público, mas fundamentalmente porque querem reduzir os direitos e os salários dos trabalhadores há muito tempo.

Portanto nada como uma crise de seu próprio sistema, para fazer os ajustes que não conseguiram nas crises passadas.

No Brasil as mais de 600 mil demissões provaram que não se tratava da marolinha que Lula tentou convencer os trabalhadores.

E o governo federal além dos recursos do FAT via o BNDES agora tentar ajudar na questão central para o Capital: a diminuição do valor da nossa força de trabalho.

O governo anunciou medidas para garantir os acordos de redução salarial usando os recursos do FGTS, ou seja, o patrão diminui o salário e o trabalhador saca o FGTS para complementar sua renda, são os trabalhadores pagando a conta dos patrões.

É certo que os setores mais atacados são os trabalhadores do setor produtivo, centrados na produção de ponta como é o caso do ramo metalúrgico.

Mas o conjunto das outras categorias na cidade e no campo também está sendo atacado. Só no nordeste em janeiros foram 20 mil demissões de trabalhadores rurais. E os empresários já exigiram do governo Lula o congelamento dos salários do funcionalismo público, além de já imporem ataques como exigência de produtividade e aumento da jornada.

 
 
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MOBILIZAR A PARTIR DOS LOCAIS DE ENFRENTAMENTO DIRETO COM O CAPITAL E SEU ESTADO.

As centrais sindicais como a Força Sindical, se dizem em defesa do emprego e ao mesmo tempo fazem campanha junto a FIESP (e para que os governos deem mais dinheiro à GM no Rio Grande do Sul) defendendo acordos de redução salarial. CUT e CTB, por exemplo, nos discursos dizem serem contra a flexibilização da jornada e a redução de salários, mas na prática já homologaram diversos acordos em São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul, aceitando as imposições das empresas principalmente no setor metalúrgico.

Infelizmente outras organizações que não capitularam aos patrões, agora capitulam a um pretenso ato de unidade com essas organizações e a um programa rebaixado, como a uma mobilização descolada da classe. Ao invés de construir paralisações nos locais de trabalho, fazem coro com as centrais sindicais que apóiam os patrões e o governo, que têm como reivindicação principal a redução da taxa de juros.

As empresas que mais demitiram no País, receberam fartos recursos do governo Lula através de investimento via BNDES com os recursos do FAT.

As indústrias e não só os bancos bateram todos os recordes de lucro, graças à super exploração dos trabalhadores e aos imensos benefícios garantidos pelo governo federal.
Mas agora que suas taxas de lucro começam a despencar, precisam que mais uma vez o Estado se movimente como principal contratendencia em tempos de crise para o Capital.

Além da plataforma reduzida, essas organizações em nenhum momento tiveram acordo em combinar atos de praça e avenidas com a necessária mobilização a partir dos locais de trabalho.
Iremos denunciar as ações do governo Lula que tem colaborado cotidianamente com o Capital, mas muito mais importante do que isso realizamos nos dias 30 de março e 1◦ de abril assembléias, paralisações e bloqueios de estrada junto à classe em seus locais de trabalho e moradia.

Entendemos que é dessa maneira que vamos começar a construir as condições necessárias para a Greve Geral no Brasil, a exemplo do que têm feito os trabalhadores na Europa em especial na França, que sofrem com as mesmas saídas que o Capital busca para se livrar de mais uma crise cíclica de super produção.

Para além das praças e avenidas é necessário estarmos em luta onde o Capital age contra a classe trabalhadora.

- POR NENHUM DIREITO A MENOS, AVANÇAR NAS CONQUISTAS

- CONTRA A REDUÇÃO DE SALARIOS E DIREITOS

- CONTRA A FLEXIBILIZAÇÃO DA JORNADA, O BANCO DE HORAS E A SUSPENSÃO DOS CONTRATOS DE TRABALHO (como o lay-off)

- MEDIDA PROVISÓRIA DO GOVERNO GARANTINDO ESTABILIDADE NO EMPREGO.

- PELA REDUÇÃO DA JORNDA DE TRABALHO, SEM REDUÇÃO DE SALÁRIOS.

- AMPLIAÇÃO DO SEGURO DESEMPREGO PARA 2 ANOS E INSENÇÃO DE IMPOSTOS AOS DESEMPREGADOS.

- EM DEFESA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS : SAÚDE, PREVIDENCIA, EDUCAÇÃO, SANEAMENTO.

- REFORMA AGRARIA JÁ.

-EM DEFESA DA CAUSA PALESTINA.



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