No último dia 30 de julho, trabalhadores de várias empresas
se depararam com uma palhaçada: o sindicato na porta das fábricas passando
listas para os peões assinarem e pedindo pra erguermos os braços para aparecer
na foto. No Jornal do Sindicato, eles chamaram esse faz-de-conta de
Campanha Salarial. Mas na real, isso é a negociação dos reajustes dos nosso
salários e direitos trabalhistas (como valor da hora extra,
insalubridade, custo alimentação e etc). Mas o que aconteceu foi que
assinamos uma carta branca para que o sindicato pudesse em nosso nome negociar
com as empresas o que eles quiserem e não o que nós precisamos. Em nenhum
momento eles falaram sobre de quanto seria o reajuste nem sobre os outros
direitos.
Na GM este mesmo sindicato fez a campanha salarial e já
fechou a negociação. Aceitaram um aumento salarial com base no INPC (que é o
medidor de inflação mais baixo que tem). Só que no RS a inflação ainda é maior
que a média no país. Aqui por exemplo, temos a cesta básica entre as mais caras
do Brasil. Segundo o sindicato o aumento da GM foi de 1,3% acima da inflação,
mas de acordo com o custo de vida aqui do estado, eles não tiveram aumento, mas
diminuição. E pra completar aceitaram não ter aumento nos próximos 3 anos.
Agora vão repetir a receita com a gente: na porta das
fábricas já vimos o sindicato fazendo o discurso dos patrões. Falaram que as
empresas "não estão bem", "estão estagnando", ou seja,
precisam que o sindicato pegue mais leve. Mas nós trabalhadores, continuamos a
produzir muito, ficando doentes no chão das fabricas e nos endividando para
pagar as contas do mês.

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