terça-feira, 3 de novembro de 2009

O MADRUGADOR* - FERRABRAZ BECKER / novembro de 2009.


FIQUE LIGADO.

No último dia 23/10/2009 numa sexta-feira foi realizada a primeira reunião entre a direção da empresa e a comissão dos trabalhadores, onde foi apresentada a pauta de reivindicações dos trabalhadores tendo itens de maior relevância como a política de cargos e salários que hoje é uma utopia dentro da empresa, pois o trabalhador não sabe onde e nem quando vai receber a sua valorização profissional na forma de aumento salarial, pois tapinha nas costas e elogios dos chefes não enchem as latas de ninguém.
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Também há o PLR(Participação de Lucros e Resultados), prêmio garantido por lei, que devido a alegada "crise" a empresa não chamou os trabalhadores para uma discussão.
Esse assunto tem de ser discutido de forma urgente porque a empresa produz de forma acelerada aumentando seus lucros e é mais do justo repartir este bolo com aquele que dá o suor para este crescimento.

No próximo dia 06/11/2009 será realizada a segunda reunião onde a direção da empresa apresentará as suas propostas para estes itens,alertamos para a necessidade de uma imobilização dos trabalhadores para que junto com a comissão da fábrica possamos obter êxito nas nossas justas reivindicações!


Não basta trabalhar, tem que ganhar. Esta conquista está em nossas mãos só depende de você, não si deixe levar por algum urubu que sobrevoa o local, porque este animal ninguém sabe onde se esconde mas todos sabem do que si alimenta.



MAIS UMA VEZ O TRABALHADOR PAGOU O PATO!

Ir consultar pelo plano de saúde oferecido pela Ferrabraz é um perigo, pois você pode estar doente que é mau atendido, temos conhecimento de ecografias de pessoas que têm tendinites, burcíte e doenças causadas pelo esforço repetitivo,na famosa clínica da firma, resultados negativos, e sendo desmentidos posteriormente por mais de um exame.

Na última semana mais um incidente gravíssimo um trabalhador procurou a clínica da firma porque não estava sentindo-se bem, mais o atendimento foi o pior possível, ou será que acharam que ele estava atráz de atestado, depois o mesmo foi levado a um hospital sendo constatado que estava com pontada de pneumonia.

Casos como esses não serão mais tolerados pois o trabalhador que for mau atendido na clínica da firma pode denunciar o médico pro CREMERS(Conselho Regional de Medicina) e a clínica pro PROCON(Serviço de Proteção ao Consumidor) pois ele o trabalhador paga por este serviço e vem sendo lesado e isto se caracteriza CRIME!

Fique atento não deixem que destruam o bem maior que você possui!a sua saúde denuncie!
TRABALHADOR NÃO É DE FERRO!!!!!
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VESTUÁRIOS.
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A empresa produz num ritmo alucinante e não pode dar uma calça ou camisa pro trabalhador. Isto é vergonhoso, pois estes são submetidos ao estado de constrangimento em terem de trabalhar com roupas rasgadas, ficando expostos no refeitório e em horário de intervalos. Isto é um desrespeito com o trabalhador pois existem na empresa dezenas de mulheres.
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Orientamos os trabalhadores a não costurarem suas roupas, como sugerem algumas carinhas de pau, e sim exijam conforme garante a LEI 6.514 ARTIGO 166 da CLT(Consolidação das Leis do Trabalho)que diz que a empresa é obrigada à fornecer aos empregados, gratuítamente e em perfeito estado de conservação EPI(Equipamento de Proteção Individual) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.
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Pessoal da Macharia não aceite luvas velhas e rasgadas,exija e si for
o caso não trabalhe porque não é você que está fora da lei!!!


ADVERTÊNCIA.

A empresa enfurecida com o trabalhador dá advertência por falta injustificada, isso é ilegal, pois a mesma já desconta o dia da falta e o repouso, tendo um grande prejuízo pro trabalhador. Essa desculpa de quem falta prejudica a produção é ridícula pois mostra que a empresa não tem um nímero suficiente de empregados, sendo assim não poderá dar férias,ninguém pode se afastar etc..

Vai virar palhaçada, falta não si justificam só no papel e o trabalhador já sofre a sua penalização,
Mais será que não basta matar? Tem que ir no velório?

Orientamos o trabalhador que passar por uma situação dessas à não assinar a advertência e quem costuma assinar pelos outros fique esperto pois falso testemunho é crime e têm suas penalidades inclusas no código penal!



DANOS CAUSADOS PELAS CHUVAS.

Todo nosso país têm sido afetado pelas fortes chuvas dos últimos meses e as enchentes têm ocupados os noticiários,deixando milhares desabrigados e centenas de cidades em situação de calamidade pública, pois na Ferrabraz não é diferente pois à cada chuva o trabalhador fica no meio de uma enchente, mas aqui não é culpa do tempo e sim da empresa que não arruma o telhado da fábrica.
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É calha entupida pra todo o lado telha furada pro outro,água escorrendo em cima de painéis elétricos,por cima do cadinho onde existe grande quantidade de ferro derretido que em contato com a água pode ocasionar explosão.

Alertamos a situação gravíssima pois se não forem feitas todas as medidas e prevenções podem acontecer acidentes fatais,e então certamente quem autorizou a produção não vai escapar da justiça, pois não adianta ficar disfarçando pra escutar a conversa dos cipeiros com os trabalhadores, tem que ter atitude e mandar parar a produção por falta de condições de trabalho.

Todos nós temos que fazer nossa parte e mostrar indignação a estas condições de trabalho pois como diz o ditado:
“CADA MACACO NO SEU GALHO!”
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* O MADRUGADOR (antigo A VOZ DO PEÃO) é um informativo criado por iniciativa de um grupo de trabalhadores da Ferrabraz (Fundição) Becker no Distrito Industrial de Gravataí para denúncia dos abusos patronais e para conscientizar e mobilizar seus colegas de empresa.

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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

FARSA SINDICAL OU FORÇA PATRONAL?

CADÊ A CAMPANHA SALARIAL?


As campanhas salariais dos últimos anos na base de Gravataí, ficaram muito a desejar para os trabalhadores.

Todos os anos a direção pelega do sindicato coloca em seu boletim que começou a discussão da campanha salarial, só não diz de que planeta! Os metalúrgicos não enxergam nada e o pior, os pelegos "negociam" com os empresários sem qualquer consulta aos trabalhadores e fecham acordos memoráveis, para a patronal, é claro!

Não tem cabimento, que na atual conjuntura um sindicato não reivindique aumento real digno aos trabalhadores. Simplesmente diz que a proposta da direção é de 3% o que na realidade se transformou num percentual menor ainda na folha de pagamento.


VAMOS DAR UM BASTA À PELEGAGEM!

Isso significaria que a direção do sindicato já entrou derrotada na queda de braço com os patrões, porque no resto do país onde os metalúrgicos tem a mesma data base, os aumentos reais foram muito maiores do que Gravataí.

O exemplo é Campinas, onde a INTERSINDICAL dirige e obteve (junto com a categoria mobilizada) para os metalúrgicos da Honda e da Toyota um aumento de 10%, sendo 5,56% de aumento real e avanço nas cláusulas sociais (conquista de mais direitos, sem negociar, flexibilizar ou abrir mão de nenhum).

Mas para chegar a esse resultado é preciso mobilizar, não dá prá ficar parado na cadeira dentro do sindicato. Ou mesmo, sair às ruas só prá pedir dinheiro para uma montadora. Afinal, essa direção da Força Sindical é dos metalúrgicos ou é patronal?

Por isso, estamos convocanndo todos os metalúrgicos de Gravataí a se associarem no sindicato, pois para mudar essa realidade, o trabalhador precisa por começar a ser sócio e participar de todo o processo, especialmente o eleitoral.



CARLOS BECKER.

A situação está complicada para os trabalhadores da empresa Carlos Becker, pois além do PLR desse ano, que foi uma ofensa de R$ 46,54 ainda temos que aturar o assédio moral dos chefes que ficam fiscalizando o trabalhador que vai ao banheiro, como é o caso da Usinagem.

As advertências abusivas e as justas causas forjadas são outras mazelas dessa empresa. É melhor a direção da Carlos Becker rever seus procedimentos criminosos, pois o trabalhador já está prestes a perder a paciência e aí a casa vai cair para a Carlos Becker.




MUNDIAL.

A direção da empresa conheceu o caminho da roça. Sabedores da fraqueza dos dirigentes sindicais, começaram a expandir as discussões de redução da jornada com redução de salários.

Agora é na linha Sandy & Júnior, depois será outra e assim por diante.

Nós temos que organizar dentro da fábrica para barrar a ofensiva do patrão com a conivência de uma direção sindical que nos deixa à mercê da ganância desmedida desses covardes!

Vamos tornar os quadros que compõe a CIPA mais ativos na luta por manutenção e conquista de direitos.



DIGICON / PERTO.

A maior piada do ano é o processo de PLR da empresa, pois a comissão não é liberada para qualquer trabalhador participar, ou seja, tem que agradar o RH. Além disso os percentuais que foram destinados aos trabalhadores no ano passado, não refletem na realidade da produção.

Será que nem isso a pelegada enxerga?


A luta será feita pelos trabalhadores, sem depender de mercenários que se passam por sindicalistas!


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FERRABRAZ BECKER E O PPR - OUTUBRO DE 2009

CAMPANHA SALARIAL.

Todos percebemos que não houve campanha salarial, aliás, esse acordo coletivo foi um dos piores do Brasil.

E não foi por causa da "crise" que a campanha fracassou, mas sim por causa da prática errada que a Força Sindical aplica na base metalúrgica, que tem como meta a negociação sem mobilização, ou seja, não faz nada de novo. Parece uma corrida de tartaruga e um coelho, quanto maior o tempo maior a distância...

Não podemos aturar uma campanha salarial ridícula, onde o aumento foi de R$ 0,12 para muitos, como no caso dos companheiros que ganhavam R$ 2,80 e passaram para R$ 2,92 e o pior de tudo é que eles irão descontar 3% de "contribuição" sindical, sem fazer nada, mamando na teta e sem mobilizar a categoria.

É por isso mesmo que teremos que nos sindicalizar, porque precisamos dar todo o apoio a Oposição Metalúrgica. Vamos até o sindicato e preencher a ficha de sócio e derrubar essa pelegada com nosso voto.


QUEREMOS AUMENTO JÁ!

Chega de blábláblá, queremos uma resposta da direção da empresa sobre a política de cargos e salários. Estamos trabalhando muito e ganhando pouco.

Ou a empresa responde nossas reivindicações ou paramos a produção.
Hora extra não é salário!



QUANDO IREMOS DISCUTIR A PLR?

A empresa está faturando e muito. Na EXPOINTER a venda de máquinas agrícolas (principal cliente da Fundição Becker) ultrapassou o ano anterior, efetivando o aquecimento das vendas do setor e, consequentemente, de quem fornece as peças do maquinário.

Então não tem explicação de não se discutir a participação dos lucros. Queremos discutir já, com uma comissão votada pelos trabalhadores e sem a pelegada da direção do sindicato, para não acontecer como no ano passado, quando os trabalhadores ficcaram zerados no PLR e a direção pelga usosu da mobilização dos trabalhadores para atender seus interesses próprios.


SEM CONDIÇÕES DE TRABALHO.

Não há condição de trabalho com tanta coreria. A empresa demitiu muito e contratou pouco. Querem que o peão trabalhe por dois. As consequênncias são: tendinites, acidentes e esgotamento físico.

Chega de exploração para aumentar a fortuna do patrão!


* Informativo criado por iniciativa de um grupo de trabalhadores da Ferrabraz (Fundição) Becker no Distrito Industrial de Gravataí para denúncia dos abusos patronais e para conscientizar e mobilizar seus colegas de empresa.
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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O ESTADO E A DEFESA DOS INTERESSES PRIVADOS.

IMPEACHMENT DE YEDA.


Pedir que a governadora Yeda e os políticos não roubem é o mesmo que esperar que a raposa não coma as galinhas.

Não é um problema ético, pois é da natureza do sistema capitalista se apropriar das coisas alheias. E esta apropriação pode se dar às escondidas, chamada de "roubo" ou "corrupção", ou de forma pública e legal, como acontece quando os governos
dão dinheiro para as empresas privadas tocarem seus negócios.

Um exemplo é o recente “empréstimo” de 1 milhão de Reais e a insenção de impostos dados pelo estado para a GM. Retira-se dinheiro da saúde, da educação para dar para uma das maiores empresas do mundo.


A General Motors disse que vai fabricar 380 mil veículos num ano. Se cada carro vale 25 mil Reais, então eles vão faturar 9 bilhões e meio de Reais, ou seja, em um ano os caras ganham 950% sobre seu investimento.

Nenhum centavo disso retorna à população pois não há impostos e o tal empréstimo é a fundo perdido, ou seja, literalmente a empresa paga o que quer e até quando quiser.

Isto não é um verdadeiro assalto legalizado aos cofres públicos?


TRABALHO ROUBADO.

Se apropriar do resultado do trabalho de uma pessoa e lhe pagar uma pequena parte (o suficiente apenas para que volte no dia seguinte), também não é um roubo? Do ponto de vista da legislação, não. Mas se um trabalhador tirar quaisquer bens de seu patrão, isto é considerado roubo e ele corre o risco de ir para a cadeia.

Roube de quem tem muito e será um ladrão; roube de quem tem pouco ou não tem nada e será um patrão!


AS MOSCAS MUDAM, MAS O QUE FEDE CONTINUA A MESMA...

Quando tiraram Collor da presidência assumiu o vice Itamar Franco e nada mudou. Simplesmente tirar Yeda (CRUZ CREDO!) e deixar o vice Paulo Feijó (FILHOTINHO DE CRUZ CREDO!) também não muda absolutamente nada. O patrão vai continuar se apropriando do resultado do nosso trabalho e o Estado, como extensão dos negócios dos patrões, continuará distribuindo gordos benefícios às empresas.

A HISTÓRIA E AS APROPRIAÇÕES.

Filho de pequenos agricultores, o francês anarquista Pierre Proudhon, que viveu entre 1809 e 1865, escreveu um livro cujo título é um resumo de toda esta história. O livro se chama A PROPRIEDADE PRIVADA É UM ROUBO. Isto é uma verdade se não, por que toda a preocupação dos patrões em garantir a segurança de suas propriedades? Não será o medo de que um dia os trabalhadores venham exigir o que lhes foi roubado?



Extraído e editado a partir do informativo da CAMPANHA SALARIAL UNIFICADA 2009 dos Sindicatos dos Plásticos de Novo Hamburgo, Campo Bom, São Leopoldo e Montenegro, Sapateiros de Novo Hamburgo e Bancários do Vale do Caí.
Esta campanha e as entidades recebem o apoio e a solidariedade de classe do SIMCA (Sindicato dos Municipários de Cachoeirinha) e da Oposição Metalúrgica de Gravataí.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Solidariedade de classe - NOTA DO MST


SOBRE O ASSASSINATO DO TRABALHADOR ELTON BRUM PELA POLÍCIA MILITAR A SERVIÇO DO GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra vem a público, manifestar novamente seu pesar pela perda do companheiro Elton Brum, manifestar sua solidariedade à família e para:

1. Denunciar mais uma ação truculenta e violenta da Brigada Militar do Rio Grande do Sul que resultou no assassinato do agricultor Elton Brum, 44 anos, pai de dois filhos, natural de Canguçu, durante o despejo da ocupação da Fazenda Southall em São Gabriel. As informações sobre o despejo apontam que Brum foi assassinado quando a situação já encontrava-se controlada e sem resistência. Há indícios de que tenha sido assassinado pelas costas.

2. Denunciar que além da morte do trabalhador sem terra, a ação resultou ainda em dezenas de feridos, incluindo mulheres e crianças, com ferimentos de estilhaços, espadas e mordidas de cães.

3. Denunciamos a Governadora Yeda Crusius, hierarquicamente comandante da Brigada Militar, responsável por uma política de criminalização dos movimentos sociais e de violência contra os trabalhadores urbanos e rurais. O uso de armas de fogo no tratamento dos movimentos sociais revela que a violência é parte da política deste Estado. A criminalização não é uma exceção, mas regra e necessidade de um governo, impopular e a serviço de interesses obscuros, para manter-se no poder pela força.

4. Denunciamos o Coronel Lauro Binsfield, Comandante da Brigada Militar, cujo histórico inclui outras ações de descontrole, truculência e violência contra os trabalhadores, como no 8 de março de 2008, quando repetiu os mesmos métodos contra as mulheres da Via Campesina.

5. Denunciamos o Poder Judiciário que impediu a desapropriação e a emissão de posse da Fazenda Antoniasi, onde Elton Brum seria assentado. Sua vida teria sido poupada se o Poder Judiciário estivesse a serviço da Constituição Federal e não de interesses oligárquicos locais.

6. Denunciamos o Ministério Público Estadual de São Gabriel que se omitiu quando as famílias assentadas exigiam a liberação de recursos já disponíveis para a construção da escola de 350 famílias, que agora perderão o ano letivo, e para a saúde, que já custou a vida de três crianças. O mesmo MPE se omitiu no momento da ação, diante da violência a qual foi testemunha no local. E agora vem a público elogiar a ação criminosa da Brigada Militar "como profissional".

7. Relembrar à sociedade brasileira que os movimentos sociais do campo tem denunciado há mais de um ano a política de criminalização do Governo Yeda Crusius à Comissão de Direitos Humanos do Senado, à Secretaria Especial de Direitos Humanos, à Ouvidoria Agrária e à Organização dos Estados Americanos (OEA). A omissão das autoridades e o desrespeito da Governadora à qualquer instituição e à democracia resultaram hoje em uma vítima fatal.

8. Reafirmar que seguiremos exigindo o assentamento de todas as famílias acampadas no Rio Grande do Sul e as condições de infra-estrutura para a implantação dos assentamentos de São Gabriel (RS).

Exigimos Justiça e Punição aos Responsáveis!
Por nossos mortos, nem um minuto de silêncio.
Toda uma vida de luta!
Reforma Agrária, por justiça social e soberania popular!


MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA.



Extraído do BLOG: Diário GAUCHE.




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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

É PRECISO PERDER A PACIÊNCIA!

Até quando vamos nos submeter às condições aviltantes no trabalho, com salários medíocres que não dão nem para manter a vida de forma decente?

Somos forçados a nos submeter às regras rígidas dos patrões com metas na produção para além da nossa capacidade física gerando desconforto, sofrimento e dor. Inflamações nos tendões, nas articulações, depressão, angústia e sofrimento mental são decorrentes das relações de repressão nos locais de trabalho.

O trabalho virou sacrifício, um fardo penoso com ritmos alucinantes impostos pelo tempo controlado rigidamente pelo patrão.

Mas o trabalho adquire um caráter de sofrimento principalmente porque toda a riqueza como resultado final de todos os esforços é apropriado de forma privada e individual pelo patrão.

Todo o esforço do trabalhador, seu suor, explosão muscular, sua vida esvaída e drenada para dar vida às mercadorias. As mercadorias adquiriram vida própria no mundo dos negócios, enquanto o trabalhador virou objeto para o patrão; objeto descartável: não está bom, troca; está doente, pega outro; está ganhando muito, troca por outro por menos valor.

Definitivamente é preciso perder a paciência! Já passou da hora disso acontecer...


OPERÁRIOS SUL-COREANOS PERDEM A PACIÊNCIA.

A polícia da Coréia do Sul afirma que pelo menos 50 pessoas ficaram feridas em mais uma tentativa de expulsar 500 operários que ocupam a fábrica da Ssangyong Motors, em Pyongtaek, desde 22 de maio. Os operários protestam contra as demissões na fábrica, que faliu em fevereiro.

Cerca de 100 policiais tentaram invadir a fábrica. Os operários resistiram com as próprias ferramentas e expulsaram os policiais. Os feridos são em maioria policiais e a segurança privada contratada pela Ssangyong. Cerca de 4 mil policiais cercam a fábrica, mas os trabalhadores resistem.



OPERÁRIOS SUL-AFRICANOS PERDEM A PACIÊNCIA.

Cerca de 10 mil profissionais ligados a dois sindicatos do setor de transporte cruzaram os braços por um aumento de 9% nos salários (como é bom ter um sindicato que mobiliza a categoria, não é mesmo?).

Uma outra greve por aumento de salários, desta vez de 150 mil servidores municipais sindicalizados, interrompe a prestação de serviços básicos, como a coleta de lixo e a limpeza das ruas, em vários municípios.

Também 45 mil empregados do setor químico e energético que decidiram manter paralisação até que lhes ofereçam um reajuste mínimo de 10% de seus vencimentos.

As greves ainda podem ganhar a adesão de funcionários da SABC, a TV pública e da Telkom, a telefônica estatal. Servidores das duas empresas disseram que pararão se não ocorrerem mudanças nos salários, nas administrações das companhias em relação a possíveis demissões.

No começo do mês de julho, os operários que trabalham na construção dos estádios que abrigarão os jogos da Copa do Mundo de 2010 já tinham cruzado os braços. A paralisação, que durou uma semana, ameaçou atrasar a entrega dos campos.

A onda de greves na África do Sul se insere num panorama de desemprego, inflação alta e prestação deficiente de serviços básicos nas áreas mais pobres do país.



OPERÁRIOS CHINESES PERDEM A PACIÊNCIA.

Os trabalhadores da estatal Tonghua, do ramo siderúrgico, que ia ser privatizada, atiraram pela janela o diretor que foi até lá comunicar a conclusão do negócio e a demissão de 25 mil dos 30 mil trabalhadores. O diretor Chen Guojun, antes de ser arremessado pela janela do segundo andar, foi espancado pelos trabalhadores, que depois também enfrentaram a polícia. A agência de notícias Nova China anunciou que a privatização foi cancelada para evitar o agravamento da situação.





GREVES NO BRASIL – TRABALHADORES COMEÇAM A PERDER A PACIÊNCIA E VÃO À LUTA EM TODO O PAÍS.

Aconteceram 411 greves em 2008 no Brasil, o maior índice de paralisações dos últimos quatro anos. Em 2004, os trabalhadores de empresas privadas fizeram 114 greves, número que em 2008 saltou para 224. No setor público, o número de paralisações manteve-se praticamente estável, de 185 em 2004 para 184 em 2008. Cerca de 2 milhôes de trabalhadores cruzaram os braços.

Uma das explicações para o crescimento no número de paralisações foi o forte crescimento econômico observado nos três primeiros trimestres do ano passado, proporcionando aos trabalhadores um contexto favorável para reivindicar melhores condições de trabalho e remuneração.

As principais reivindicações de 2008 foram reajuste salarial, plano de cargos e salários e carreiras, condições de trabalho, contratações, cumprimento de acordo e piso salarial. Nas empresas privadas, 80% das greves tiveram bons resultados.

O número de greves em 2009 deverá se aproximar ao de 2008. Até junho de 2009, já ocorreram cerca de 250 greves. O balanço de reajustes negociados em 2009 indica que, comparado a 2008, mais categorias conseguiram pelo menos a reposição da inflação.




Extraído e editado a partir do informativo da CAMPANHA SALARIAL UNIFICADA 2009 dos Sindicatos dos Plásticos de Novo Hamburgo, Campo Bom, São Leopoldo e Montenegro, Sapateiros de Novo Hamburgo e bancários do Vale do Caí.
Esta campanha e as entidades recebem o apoio e a solidariedade de classe do SIMCA (Sindicato dos Municipários de Cachoeirinha) e da Oposição Metalúrgica de Gravataí.


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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO.

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Ele que erguia casa
onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
ele subia com as casas
que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
de sua grande missão:
não sabia, por exemplo,
que a casa de um homem é um templo,
um templo sem religião.
Como tampouco sabia
que a casa que ele fazia,
sendo a sua liberdade,era a sua escravidão.


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De fato, como podia
um operário em construção
compreender como um tijolo
valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
com pá, cimento e esquadria.
Quanto ao pão ele comia.
Mas fosse comer tijolo...

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E assim o operário ia,
com suor e com cimento,
erguendo uma casa aqui,
adiante um apartamento;
além uma igreja, à frente
um quartel e uma prisão:
prisão de que sofreria
não fosse eventualmente
um operário em construção.



Mas ele desconhecia
esse fato extraordinário:
que o operário faz a coisa
e a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia,
à mesa, ao cortar o pão,
o operário foi tomado
de uma súbita emoção
ao constatar assombrado
que tudo naquela mesa
- garrafa, prato, facão –
era ele quem os fazia!
Ele, um humilde operário,
um operário em construção.

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Olhou em torno: gamela,
banco, enxerga, caldeirão,
vidro, parede, janela,
casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
era ele quem o fazia!
Ele um humilde operário
um operário que sabiaexercer a profissão.


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Ah! homens de pensamento,
não sabereis nunca o quanto
aquele humilde operário
soube naquele momento!
Naquela casa vazia
que ele mesmo levantara,
um mundo novo nascia
de sequer suspeitava.
O operário emocionadao
olhou sua própria mão
sua rude mão de operário,
de operário em construção.
E olhando bem para ela
teve um segundo a impressão
de que não havia no mundo
coisa que fosse mais bela.





Foi dentro da compreensão
desse instante solitário
que, tal sua construção,
cresceu também o operário.
Cresceu em alto e profundo,
em largo e no coração.
E como tudo que cresce,
ele não cresceu em vão.
Pois além do que sabia
- exercer a profissão –
o operário adquiriu
uma nova dimensão:
a dimensão da poesia.




E um fato novo se viu
que a todos admirava:
o que o operário dizia
outro operário escutava.
E foi assim que o operário
do edifício em construção
que sempre dizia sim
começou a dizer NÃO!
E aprendeu a notar coisas
a que não dava atenção:
notou que sua marmita
era o prato do patrão,
que seu macacão de zuarte
era o terno do patrão,
que o casebre onde morava
era a mansão do patrão,
que seus pés andarilhos
eram as rodas do patrão,
que a dureza do seu dia
era a noite do patrão,
que sua imensa fadiga
era amiga do patrão.



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E o operário disse: NÃO!
E o operário fez-se forte
na sua resolução.


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Como era de esperar
as bocas da delação
começaram a dizer coisas
aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
nenhuma preocupação.
- “Convençam-no do contrário” –
disse ele sobre o operário.
E ao dizer isso, sorria
.


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Dia seguinte, o operário
ao sair da construção,
viu-se súbito cercado
dos homens da delação.
E sofreu, por destinado,
sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido,
teve seu braço quebrado,
mas quando foi perguntado
o operário disse: NÃO!



Em vão sofrera o operário
sua primeira agressão.
Muitas outras se seguiram,
muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
ao edifício em construção,
seu trabalho prosseguia
e todo seu sofrimento
misturava-se ao cimento
da construção que crescia.




Sentindo que a violência
não dobraria o operário,
um dia tentou o, patrão
dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
ao alto da construção
e num momento de tempo
mostrou-lhe toda a região.
E apontando-a ao operário
fez-lhe esta declaração:
-“Dar-te-ei todo esse poder
e a sua satisfação
porque a mim me foi entregue
e dou-o a quem bem quiser.
Dou tempo de lazer,
dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
será teu se me adorares.
E, ainda mais, se abandonares
o que te faz dizer não.”




Disse e fitou o operário
que olhava e refletia.
Mas o que via o operário
o patrão nunca veria.
O operário via as casas
e dentro das estruturas
via coisas, objetos,
produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia o lucro do patrão.
E em cada coisa que via
misteriosamente havia
a marca de sua mão.
E o operário disse: NÃO!


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-“Loucura!”- gritou o patrão.
“Não vês o que te dou eu?”
-“Mentira!”- disse o operário.
“Não podes dar-me o que é meu.”


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E um grande silêncio fez-se
dentro do seu coração.
Um silêncio de martírios
um silêncio de prisão
um silêncio povoado
de pedidos de perdão
um silêncio apavorado
como o medo em solidão
um silêncio de torturas
e gritos de maldição
um silêncio de fraturas
a se arrastarem no chão.





E o operário ouviu a voz
de todos os seus irmãos.
Os meus irmãos que morreram
por outros que viverão.
Uma esperança sincera
cresceu no seu coração
e dentro da tarde mansa
agigantou-se a razão
de um homem pobre e esquecido.
Razão porém que fizera
em operário construído
o operário em construção.


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VINÍCIUS DE MORAES. _______




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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Os trabalhadores não vão pagar pela crise!




Paralisações do dia 1º de abril de 2009 da Honda, Toyota, Samsung-Costech-Cellcomm em defesa do emprego, de salário e direitos.

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Em todo o mundo, os trabalhadores estão se organizando para enfrentar os efeitos da crise e as tentativas de empresários e governos de jogarem nas costas dos trabalhadores o preço da crise.

No mundo todo, os patrões se aproveitam deste momento para tentar retirar direitos e reduzir salários.Mas também no mundo todo, os trabalhadores estão organizando a resistência. Na França, já está sendo deflagrada a terceira greve geral.

Aqui no Brasil, teve início nesta semana, uma série de mobilizações por todo o país.



(Clique na imagem abaixo e ssista o vídeo no Youtube)



Na nossa região, o dia 1º de abril foi marcado por paralisaçãos em importantes empresas, como a Honda (e LSL), Samsung, Costech, Cellcomm e Toyota (paralisação de três horas na produção do 1º turno). No total, 9 mil trabalhadores entenderam a importância da organização neste momento e paralisaram a produção, mostrando aos patrões que não aceitaremos pagar o preço da crise que foi criada por eles.

Na paralisação da Samsung, os trabalhadores aprovaram em assembléia uma passeata até a Rodovia Dom Pedro I, que ficou parada por cerca de 10 minutos.




Texto e vídeo extraídos do site do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região no estado de São paulo.




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segunda-feira, 20 de julho de 2009

NENHUM DIREITO A MENOS, AVANÇAR NAS CONQUISTAS!



Trabalhadores(as), estamos numa etapa muito importante para classe trabalhadora, onde no setor industrial a reestruturação produtiva origina uma legião de desempregados, trabalhadores com serviços precários e doentes pelas jornadas excessivas, por outro lado, os servidores públicos sendo cada vez mais explorados pelos sucessivos governos que não fazem nada para melhoria das condições de trabalho para o servidor e para melhorar a qualidade do atendimento à população,sem contar os salários rebaixados.



Nesse sentido, os trabalhadores precisam urgentemente de uma nova discussão de como vamos passar esses obstáculos e não ficarmos em discussões corporativas e nos perpetuarmos no isolamento, precisamos de uma nova maneira de agir perante os patrões, já sabemos que usar somente a ferramenta da GREVE não resolverá nossos problemas e o pior poderemos entrar num processo de banalização da ferramenta de luta, que serve como legítima indignação da classe trabalhadora.




Nós da ASS estamos convictos que a classe trabalhadora vai precisar mais do que nunca, um verdadeiro processo de reorganização, que não passa por fundar novas centrais nesse momento e nem tampouco pelas consolidações dos mandatos legislativos, devemos recomeçar a discutir a organização por local de trabalho e dinamizar o processo de formação política aos militantes dos sindicatos, pois se notarmos nas direções sindicais estamos nos deparando com uma militância que tem pouca renovação e discussão política.






Vamos construir a resistência dos trabalhadores, que seja independente dos governos e autônoma dos Partidos, que construa uma agenda unificada pelas categorias.


intersindical.org.br




Venha construir conosco a luta dos trabalhadores !









A GM E A CRISE.

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QUANDO OS GOVERNOS DÃO DINHEIRO PARA OS POBRES É ASSISTENCIALISMO E QUANDO DÃO PARA OS RICOS É INVESTIMENTO.



Companheiros mais uma vez os patrões mostram sua cara quando as crises do capital se apresentam com maior intensidade, agora a GM começa a desacelerar sua produção e ativando as férias coletivas em outras plantas.



Todos os companheiros sabem que a tal crise nada mais é que o fruto da exploração dos trabalhadores do mundo todo, feito através da estrutura de poder que está implantado em todos os continentes, a qual a GM não é vítima, mas parte essencial de tal estrutura, portanto, não temos que realizar o discurso de pacote para proteger multinacionais, pelo contrário, devemos exigir que a empresa com seus lucros exorbitantes do último período, garanta os empregos e todos os direitos dos trabalhadores, pois nunca se lucrou tanto nesse país, como as montadoras e os bancos na atual conjuntura.



É revoltante quando um metalúrgico lê no CORREIO DO POVO do dia 09 que o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí está preocupado com a crise que se aproxima e irá procurar a Governadora Yeda Crussius e os deputados para estudar um pacote em proteção ao ramo automotivo, com intuito de proteger o emprego no complexo Gravataí, isso significa, que a entidade que era para representa os trabalhadores está na verdade representando os patrões, pois só existe uma ferramenta que poderá interromper qualquer plano de demissões: que é a organização por local de trabalho, para intencionar as lutas dos trabalhadores da GM.



A GM lucrou bastante e poderá perfeitamente agüentar toda crise que ela também contribuiu em sua construção, então vamos à luta, contra a exploração e os ataques dos patrões.



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ALTERNATIVA SINDICAL SOCIALISTA.

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PRESENTE NA REORGANIZAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA.
A Alternativa Sindical Socialista (ASS) é uma corrente de trabalhadores e trabalhadoras que se organiza nacionalmente. Somos um grupo onde participam metalúrgicos, sapateiros, operários da construção civil, químicos, bancários, vidreiros, radialistas, trabalhadores no serviço público entre outros que se organizam em sindicatos, coletivos e oposições.

Também temos trabalhado para estar junto com os trabalhadores desempregados ou que estão na informalidade e nas contratações precarizadas, justamente porque são parte do todo que forma a nossa classe.

Temos como principio em nosso trabalho a organização da luta a partir dos locais de trabalho, a solidariedade internacional de nossa classe, a independência dos patrões e do governo e a autonomia em relação aos partidos. Buscamos em nossas ações cotidianas o caminho para superação da sociedade de classes e a construção de um mundo socialista.


A
ALTERNATIVA foi criada em meados da década de 90 e foi uma das principais correntes dentro da CUT a combater a mudança de rumo da Central, que foi substituindo o enfretamento pela parceria com os patrões.

Somos uma organização de trabalhadores que defende a autonomia em relação aos partidos, mas também acredita na importância de um verdadeiro partido da classe trabalhadora que possa ser um instrumento de organização para avançar na luta.


Mas, diferente de outras organizações não defendemos que somente o Partido seja o responsável em dirigir as lutas gerais dos trabalhadores. Por isso a ASS além de estar contribuindo no processo de reorganização do movimento sindical, também está presente nas ações que vão além das questões imediatas da classe trabalhadora.


Infelizmente a Central criada no intenso processo de luta da classe trabalhadora, hoje se transformou em seu contrário: submissa ao governo e conivente com os ataques dos patrões.
Por isso a ASS tem impulsionado um processo de reorganização do movimento sindical, para retomar as lutas abandonadas da CUT.


São vários os exemplos das ações que estamos fazendo para reorganizar e retomar a luta da classe trabalhadora junto com todos aqueles que não se renderam aos patrões e ao governo: em 2006 realizamos paralisações no pólo industrial de Cubatão e na Toyota /SP em solidariedade aos metalúrgicos na Volks que lutavam contra as demissões.


Em 2007 construímos o 23 de maio Dia Nacional de Luta onde paramos a produção e a circulação de mercadorias envolvendo aproximadamente 2 milhões de trabalhadores no País, além da marcha à Brasília contra as reformas que atacam nossos direitos.

Nesse ano estamos construindo uma luta comum com os companheiros do MST e demais movimentos populares para enfrentar os ataques dos patrões que terão o apoio do governo.
Para aumentarem seus lucros os empresários precisam diminuir o valor da nossa força de trabalho e não fazem isso só diminuindo nossos salários.

Conseguem isso acabando com direitos como férias, 13◦, FGTS, além de aumentar a idade para aposentadoria e dificultar cada vez mais o pagamento de benefícios do INSS para os trabalhadores que na maioria são vitimas das doenças e acidentes provocados pelo trabalho. São essas reformas que o governo federal prepara para atender os interesses dos patrões.
Essa é a necessária luta que temos a fazer: nas ações cotidianas buscar a destruição dessa sociedade onde o Capital se enriquece na exata medida em que coloca a maioria da humanidade na mais profunda miséria.



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FORTALECER A INTERSINDICAL NOS LOCAIS DE TRABALHO E MORADIA!

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PRA CONSTRUIR GREVE GERAL, FORTALECER A INTERSINDICAL!



Nos dias 25 e 26 de abril em Santos, aconteceu o encontro Nacional da Intersindical com a presença de 14 Estados e mais o Distrito Federal, com representações de Metalúrgicos, Químicos, Têxteis, Alimentação, Vidreiros, Plásticos, Sapateiros, Bancários, Condutores , Radialistas, Servidores Públicos Federais, Municipais e Estaduais , estudantes e demais categorias.


O encontro teve o objetivo de fortalecer ainda mais nossos trabalhos de organização de bases das categorias e seguir o caminho de impulsionar as lutas dos trabalhadores e dinamizar as oposições contra o sindicalismo burocratizado, reformista e de pelegos.

Também consolidamos a posição de não discutir a construção de uma nova central nesse momento, porque temos a convicção que precisamos colocar a classe em movimento rumo a resistência contra os ataques do Capital, portanto, colocar em xeque o sistema capitalista é o foco principal de nossa organização.

O encontro teve a presença de 460 companheiros, que saíram com varias tarefas para os estados, sendo que as principais serão: realizar plenárias regionais para consolidar uma agenda de atividades conjuntas e também a organização de lançamento da Cartilha da Intersindical que Estuda a Crise do Capital, conseqüentemente formando grupos por categorias para discutir .



VEM AÍ A PLENÁRIA ESTADUAL DA INTERSINDICAL.


O RS estava com uma representação de 20 companheiros (Municipários, Metalúrgicos, Saúde, Construção Civil, Plásticos, Bancários, Professores Estaduais e Estudantes), no Encontro Nacional da Intersindical e já saímos com a indicação do Encontro Estadual da Intersindical até junho desse ano, com a finalidade de Fortalecer nossas fileiras e nos organizarmos para a jornada de lutas para o meio do ano.

Desde já estamos convidando todos os companheiros interessados para nos procurarem e se somarem na construção desse instrumento que busca a independência de classe e autonomia aos partidos, para construir a luta da classe trabalhadora.

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sexta-feira, 17 de julho de 2009

QUANTO MAIS SOMOS, MAIS PODER TEMOS.

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Foi uma autêntica batalha do Bem contra o Mal. Impossível não perceber isso.

O Mal representado pelas intenções perversas de uma empresa com diretores e supervisores mesquinhos.

O Bem personificado no conjunto dos trabalhadores que tiveram coragem de dizer não a mais um abuso por parte daqueles que, na hora que deles necessitam, os chamam de parceiros ou colaboradores, mas quando chega a hora de dividir os resultados os tratam como algo a ser descartado, como se nem pessoas fossem.

Na verdade estes pretensos senhores do poder é que já não são mais humanos. Substituíram os corações por bombas hidráulicas e a consciência e os valores éticos e humanitários por chips.
Suas almas foram vendidas para somente... O quê? Tornarem-se lacaios de um sistema que corrompe a nobreza e o caráter.

Como eles conseguem olhar nos olhos de seus filhos no final do dia depois de terem agido da maneira mais covarde contra gente que só quer garantir sua dignidade?

Imaginem alguém que é pago para planejar formas de prejudicar deliberadamente os trabalhadores que são os responsáveis por gerar o valor e a riqueza dos produtos desta empresa. Eles existem e são os Gerentes de Planta, do Financeiro, da Produção e de Recursos Humanos (humanos? Que piada!).

Têm como parceiros neste intento os chefes, encarregados, supervisores e líderes, bem como entidades e sindicalistas pelegos e até mesmo alguns operários submissos ou coagidos.



Mesmo com tantas ferramentas, com tantos recursos e com todo seu dinheiro não são páreo para força que tem a muralha feita da mais poderosa substância que existe: a mão do trabalhador. A mão que produz e que bloqueia, impedindo o Mal de avançar.

Nós trabalhadores da Ferrabraz Becker, nós personificações do Bem, obtivemos uma vitória sobre nossos algozes e isso só foi possível porque formamos uma muralha com a maioria. Imaginem o que não faríamos se todos tivessem tido a coragem de se unir conosco.

Nossos opositores tremeram e ainda se apavoram com a idéia de podermos ainda mais. E eles tem razão em nos temer porque todos juntos podemos muito mais.

Devemos nos manter alertas contra qualquer tentativa de vingança.

O recado foi dado: não mexam conosco, não tentem nos humilhar, não nos alienem de nossos direitos. Deixem sua covardia e sua mesquinhez de lado ou revidaremos com toda a nossa força.

Já fizemos antes e podemos fazer de novo.



Foi uma autêntica vitória do Bem sobre o Mal. Impossível não perceber isso.

MAIO DE 2009.



Desabafo de um operário após uma significativa conquista realizada pela mobilização, quase que total, dos trabalhadores da Fundição Becker, sem apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí e um pouco antes da série de demissões em massa feita por esta empresa com a conivência desse SINDIPELEGO, que homologou as demissões sem dar a menor importância ao acordo de noventa dias de estabilidade feito junto a Superintendência do Ministério do Trabalho e permitindo que trabalhadores com direito à estabilidade (através de CAT), abram mão desse direito, o que, por si só, é ilegal e torna a Ferrabraz Becker e o STIMGRA cúmplices de um crime contra DEZENAS de pessoas.


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A CRISE DO CAPITAL AUMENTA E OS TRABALHADORES NÃO IRÃO PAGAR ESSA CONTA !


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A crise do capital aumenta a cada dia no Mundo, segundo estatísticas do departamento de emprego dos EUA, o nível do desemprego aumentou consideravelmente nos últimos meses no país, de 8.1 em Fevereiro para 8.5 em Março, sem contar com os trabalhadores que não possuem a carteira assinada, que trabalham de forma marginalizada.

Nas fábricas pelo Brasil as demissões continuam e começam a se esgotar as negociações de flexibilizações feitas em mesa de negociações, pois os Sindicatos que concederam aos empresários a redução de jornada com redução de jornada, estão com a corda no pescoço, pois os trabalhadores viram que não poderão sustentarem suas famílias com menos que ganhavam antes.


Por outro lado, no setor público os Prefeitos de todo o país começaram a choradeira de falta de repasse para as cidades, significa que o Governo Federal está cada vez apertando o cinto por causa do déficit primário e suas políticas de investimentos no setor privado (Isenção do IPI, empréstimos do BNDES), ocasionando uma política brutal a população e aos servidores públicos.

Os trabalhadores mais do que nunca devem se fortalecer nos locais de trabalho para resistirem aos ataques dos Capitalistas, não podemos deixar que os Governos resolvam as coisas para nós,pois eles não nos representam, temos que dizer não a exploração e a retirada de direitos trabalhistas.




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DISCURSO VAZIO E A CATEGORIA SEM MOBILIZAÇÃO !


A VOZ DO PEÃO*
INFORMATIVO DOS TRABALHADORES DA FUNDIÇÃO FERRABRAZ BECKER_____________________________________________________________________
Maio 2009

O Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (conhecido em sua base como Sindipelego) organizou uma churrascada com o dinheiro dos sócios para agradecer os votos que seu parceiro ganhou na CIPA e lá realizaram um discurso vazio, querendo colocar os trabalhadores uns contra os outros na empresa.

Mas no chão de fabrica, todos sabem da fraqueza que é a mobilização dessa diretoria do sindicato. Pois não tem firmeza em suas ações, que gosta de negociar com o patrão as escondidas e que não tem um mínimo de combatividade para representar a categoria.

Então companheiros (as), não basta dar discursos, a diretoria do Sindicato deve ser mais firme e realmente defender os trabalhadores, porque continuar fazendo intrigas entre colegas de fabrica de nada vai somar para a organização dos Metalúrgicos.

Exigimos que o Sindicato prossiga com as reivindicações feitas na paralisação, que foram entregues ao Ministério do trabalho!
* A VOZ DO PEÃO é um informativo criado por iniciativa de um grupo de trabalhadores da Ferrabraz (Fundição) Becker no Distrito Industrial de Gravataí para denúncia dos abusos patronais e para conscientizar e mobilizar seus colegas de empresa.
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PLR – MUNDIAL S/A 2008:

“O PRATO FEITO”
No ano passado a empresa veio de uma maneira acertada criticar como estava sendo encaminhado pelo Sindicato o processo de escolha dos membros da comissão de negociação, pois não houve uma eleição para tal, mas agora a empresa comete o erro de não discutir com os trabalhadores de como realizar novas eleições, nada contra os companheiros que fazem parte da comissão apresentada, mas não podemos concordar com a prática que vem desde a ditadura militar, onde existia eleições de fachada, pois o candidato do alto escalão já vinha determinado pelo governo, então como estamos em outros tempos, não devemos cometer os mesmos erros.


Puxar uma votação por listagem também deve ser extinta do processo democrático dentro da fábrica e a Diretoria do Sindicato deveria cultivar a votação secreta,pois quem vai se atrever a discutir contra a supervisão,quando essa se posicionar por A ou B .






- NÃO A LISTAGEM COMO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA COMISSÃO

- ELEIÇÕES DIRETAS COMO NO ANO PASSADO


- PPLR DIGNO PARA OS TRABALHADORES DA MUNDIAL.



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O QUE VOCÊ ESPERA DE SEU SINDICATO?

Atualmente a “crise econômica” vem assustando as pessoas no mundo
todo, trazendo o medo aos trabalhadores que realmente fazem as
empresas lucrarem.

E os empresários, em vez de procurarem uma solução para esta situação,
o que fazem? Reduzem a carga horária E OS SALÁRIOS dos trabalhadores
também.

E o sindicato onde entra nessa história?


Deveria estar ao lado dos trabalhadores, lutando para manter os
direitos e melhorar os salários mas está simplesmente virando as
costas para os metalúrgicos e se vendendo aos interesses dos
empresários.

O sindicato tem de lutar conosco, tem de lutar por nós e não contra
nós! Tem de ter em vista mais participação daqueles a quem representa,
estar mais aberto às opiniões e trazer confiança e esperança de um
futuro melhor para a classe operária.





Texto desenvolvido por um metalúrgico da Mundial como forma de desabafo diante da omissão da entidade que deveria zelar pelos direitos da classe operária em Gravataí e para chamar os companheiros para juntar-se à Oposição, filiando-se ao sindicato e derrubando esta direção pelega "por dentro", através do voto.





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LOBOS EM "PELEGO" DE CORDEIRO



METALÚRGICOS DE GRAVATAÍ SOFREM UMA TENTATIVA DE GOLPE DA PELEGADA DA FORÇA SINDICAL.



Se não bastasse os acordos coletivos com o Banco de horas, as demissões sem resistência da diretoria do Sindicato, eles aplicam a sacanagem de mudança estatutária para se perpetuarem no poder.

Aumentam o prazo de sócio para o metalúrgico concorrer ao cargo de direção da entidade, aumento o prazo de sócio para o trabalhador votar e ainda quer o trabalhador dois anos na mesma empresa,isso significa que a pelegada está com um medo tremendo da base metalúrgica de Gravataí, que não está se sentindo representada e quer mudanças nos rumos do Sindicato.

Nós trabalhadores temos que dar um basta a essa pelegada,vamos nos associar e começar a dizer não a esses comandados dos patrões!
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O DISCURSO QUE NÃO HAVERÁ DEMISSÕES EM GRAVATAÍ É PARA GANHAR TEMPO!

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GM COMEÇA A DEMITIR POR CONTA DA CRISE DOS EMPRESÁRIOS!

Não demorou muito e a GM começou sua tática de demissões nos complexos de São José dos Campos e São Caetano, os trabalhadores estão apreensivos e com incertezas do futuro, mas não terá outra saída para nós senão a nossa organização por dentro da fabrica e nossa luta contra as demissões, em São Jose dos Campos os trabalhadores já se mobilizaram e paralisaram os turnos como pressão contra as demissões, não podemos cair na armadilha que a patronal nos coloca como alternativa : flexibilizar a jornada e direitos.

Não fizemos essa crise e ficar esperando pelo movimento do Mercado como fala o diretor da GM também será nossa derrota, os trabalhadores não poderão pagar por conta da crise, aqui em Gravataí também já começaram as demissões ,nos turnos da noite muitos companheiros já foram demitidos, mais do que nos outros meses e a expectativa de fechamento de turnos é real ,não podemos ficar somente no discurso , o Sindicato dos Metalúrgicos tem que se posicionar a favor dos trabalhadores, sem Banco de Horas, sem redução de jornadas com redução de salários e qualquer outro artifício dos patrões para retirar direitos.

Para isso, o Sindicato deve realizar paralisação nas fábricas do Município e discutir o problema com os trabalhadores, não deve aceitar a pressão que vem da patronal, é hora de ter firmeza e ficar do lado do trabalhador.

O Diretor da GM está indo para imprensa dizendo que não haverá demissões na planta de Gravataí, mas ao mesmo tempo, ele diz que isso se deve ao MERCADO, onde as vendas do CELTA e PRISMA continuam bem, devido a redução de impostos.
O problema é que eles acham que os Metalúrgicos não olham as notícias, porque se os empregos estão dependendo do mercado, isso significa, que logo estaremos com os postos de trabalho extintos, pois quem ainda continuará a comprar carro com uma crise que se apresenta com muita profundidade.
Nós trabalhadores não podemos perder tempo, nossa luta é nossa ferramenta contra a ofensiva patronal, para isso temos que ficarmos organizados e atentos dentro da fábrica.


VAMOS DIZER NÃO AO BANCO DE HORAS NA MUNDIAL!


Houve alguns comentários de supervisores que a direção da empresa estava falando na necessidade de implantação do Banco de Horas, nós trabalhadores da Mundial não vamos aceitar, vamos nos organizar e mais uma vez dizer não ao Banco de Horas, como já realizamos dentro da fábrica no final dos anos noventa.


Os metalúrgicos da Mundial têm tradição de luta e vamos continuar nossa organização independente da direção do Sindicato e o desejo dos Patrões.


FUNDIÇÃO BECKER


A Ferrabraz Becker demite todos contratados da agencia e no retorno das Férias Coletivas realizam reuniões com os funcionários, para dizerem que o futuro é incerto, isso significa que deveremos desde já começar nossa mobilização contra as demissões.
Não vamos ficar na defensiva, pois nessa crise a nossa melhor tática é nossa organização e mobilização, não podemos contar com a sorte ou mercado como falam os empresários, pois se dependermos disso podemos afirmar que teremos grandes problemas.




ENQUANTO ISSO NA BASE DE PORTO ALEGRE . . . .

Os metalúrgicos da base de POA sofreram um duro golpe no mês de Janeiro, por conta da crise dos capitalistas, a maior empresa metalúrgica da capital a GKN, começou uma onda de demissões e mais que depressa chamou o Sindicato para negociações e infelizmente a direção optou em negociar direitos do que realizarem mobilizações com os trabalhadores e definiram que não haverá mais expediente nas segundas feiras com reduções dos salários , ou seja, os trabalhadores irão reduzir a jornada com redução de 30% nos salários base.

E o pior é que o presidente da CUT estadual vai à imprensa dizer que apóia a decisão da diretoria do Sindicato, isso significa, que os trabalhadores mais do que nunca deverão se organizar por local de trabalho para pressionarem também suas entidades sindicais que andam representando os empresários.
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O DIA DO TRABALHADOR 2009:

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1º DE MAIO UM DIA DE LUTA E REFLEXÕES PARA OS TRABALHADORES.





No Mundo os trabalhadores fizeram protestos contra o desemprego e a miséria que são conseqüência da crise do Capital, que atinge todos os povos dos continentes.


Na Turquia vários trabalhadores se colocaram em marcha contra as políticas do governo que concede privilégios as grandes corporações capitalistas, na Alemanha mais de 500 mil trabalhadores saíram nas ruas, para expressarem sua indignação, em um país que prevê sua pior recessão desde o pós guerra.


Na França, milhares de pessoas comparecem à convocação conjunta das principais oito centrais sindicais para criticar a política econômica do presidente Nicolas Sarkozy ocasionando conflitos entre manifestantes e policiais.



Enquanto isso no Brasil, a Força Sindical realiza atos festivos, com sorteios de carros, aptºs e casas, com shows de Cantores Nacionais, financiados pelos empresários e a CUT se limita em montar barracas para prestação de serviços a população em São Paulo e se posicionar politicamente a favor de redução da taxa de juros.


Em Gravataí construímos um dia de muita reflexão, juntamente com a Romaria do trabalhador, pois as discussões de preparação do dia 1º , foi de muito debate e formação política, que tiveram seu começo em Março com os fóruns que propiciaram o debate da crise do capital e colocaram como eixo, Não somos máquinas, seres humanos é o que somos!



No ato do 1º de Maio a INTERSINDICAL colocou a necessidade de começarmos a conspirar contra o Capital, seja na comunidade da Igreja, seja nos bairros e locais de trabalho, não podemos nos limitar somente em dizer que temos que defender o emprego, precisamos de uma discussão mais aprofundada que coloque a estrutura do poder em xeque, porque precisamos construir uma nova alternativa para os trabalhadores que é o socialismo.


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